Logo após a eleição vencida por Nicolás Maduro na Venezuela, grupos fascistas, conhecidos como guarimberos, financiados pelo imperialismo e pela direita venezuelana, saíram às ruas perseguindo e agredindo pessoas que defendem o regime o chavista.
Uma das cidades que foi bastante afetada é Carora, capital do município autônomo de Torres, o maior do estado de Lara, sendo a segunda cidade da entidade federal em população depois de Barquisimeto. Ali ocorreram vários ataques fascistas organizados pela oposição venezuelana já na terça-feira (30), dois dias após a eleição, que ocorreu no domingo (28).
De acordo com o jornal Resumo Latino Americano, pela manhã no dia 30, muitas pessoas foram agredidas, prédios foram queimados e lojas foram saqueadas. Ainda segundo o jornal, eram centenas de pessoas em ação, inclusive cercando todo o bairro onde eles fariam suas ações criminosas.
“45 Camaradas que estavam reunidos na Sede do Partido Socialista Unido da Venezuela em Carora no dia 30 de julho de 2024 às 11h (em relação aos ataques recebidos na sede no dia anterior) foram cercados por centenas de criminosos chamados Comanditos, os quais foram armados e alguns encapuzados com claras intenções de atacá-los”, diz o artigo.
Por volta de 600 pessoas de vários partidos de direita, entre militantes, colombianos e matadores de aluguel, se espalharam pelos quarteirões do bairro, atirando pedras sem parar, incendiando casas, carros e locais ligados aos partidos de esquerda, com coquetéis molotov e armados. Segundo o jornal, a quantidade de pessoas que estavam atacando era inclusive maior do que as forcas militares de defesa do governo.
“Além disso, contavam com uma patrulha permanente e constante de mais de 200 Veículos Motorizados em um raio de 10 quarteirões para evitar qualquer grupo de revolucionários que pudesse auxiliar a equipe sequestrada naquele inferno.”
Alguns grupos de militantes bolivarianos e apoiadores de Maduro conseguiram escapar, mas outros grupos foram entregues ou capturados pelas milícias fascistas.
“Foi lá que começaram a espancá-los com paus, pedras, facões, blocos de concreto, socos, chutes e em alguns casos foram despidos, maltratados, outros borrifados com gasolina com ameaças de queimá-los vivos mostrando uma caixa de pólvora acesa, eles zombaram deles interrogando-os e ao mesmo tempo gravando sua ‘obra de arte do terror e depois mostrando seu troféu nas redes.”
De acordo com o jornal a situação só foi se acalmar à noite com a chegada da chuva. No entanto, uma rádio inteira foi totalmente destruída. A Rádio Venceremos foi incendiada e seus equipamentos, quebrados ou roubados pelos grupos da oposição. “Janelas, ar condicionamento, Computadores, impressoras, laptop, cornetas, cadeiras plásticas, reguladores, microfones, entre outros… a queima total de 22 motocicletas”, afirma o jornal.