A crise que tem vivido o Partido Democrata dos EUA é essencialmente reflexo da própria crise do imperialismo e do sistema capitalista tal qual o conhecemos até os dias atuais.
A popularidade do presidente dos EUA, Joe Biden (Partido Democrata), é algo que tem sido colocado em questão desde antes de este conseguir chegar ao posto político mais importante do mundo.
Atualmente o conjunto da imprensa internacional tem atribuído a descrença popular na candidatura de Biden à sua capacidade física e mental de ocupar o cargo de presidente dos EUA. Esse é um fator secundário na situação, mas que realmente reforça essa desagregação da credibilidade em Biden.
No entanto, o fundamental na situação é a plataforma política que vem sendo conduzida por Biden, principalmente no terreno econômico, militar e geopolítico, que tem sua sustentação no processo de destruição das condições de sobrevivência da classe trabalhadora norte-americana.
Agora que ocorreu a tentativa de assassinato do ex. presidente Donald Trump (Partido Republicano), a orientação do conjunto da imprensa vinculada ao Estado Profundo dos EUA e ao sistema financeiro internacional, que hegemonizam atualmente o sistema capitalista, é de atribuir a vantagem eleitoral ao fenômeno ocorrido em 14 de julho.
Essa orientação política em torno da capacidade de Joe Biden e de que o ponto de partida da atual ascensão de Donald Trump se deu a partir do episódio mencionado acima, procura esconder a impopularidade do programa político, econômico e militar, dos neoliberais. Se trata de uma tentativa de levar a cabo uma campanha para mistificar os fatos e tentar abrir caminho para uma alternativa política que mantenha a estrutura de domínio imperial que conhecemos até os dias atuais.
É tarefa imediata dos marxistas desmistificar as manobras da burguesia e alertar para os equívocos de análise que a esquerda tem caído quando vai pela cabeça dos grandes monopólios de comunicação.