O Diário Causa Operária inicia uma série de reportagens sobre quem são os assassinos de crianças que virão ao Brasil participar da 19ª Cúpula do G20, encontro com os chefes de Estado dos países imperialistas e as mais desenvolvidas nações atrasadas. Dominado pelo G7, o “núcleo duro” dos países imperialistas, o grupo converteu-se em um instrumento de pressão da ditadura dos países desenvolvidos contra as nações oprimidas. Para renovar essa pressão, líderes desses países estarão no Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19, razão pela qual o Partido da Causa Operária (PCO) e os comitês de defesa da Palestina chamam militantes e simpatizantes da luta do povo palestino a participar do ato no dia 18, contra a presença dos criminosos, entre eles o primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba.
Alçado à posição de chefia do governo japonês após assumir a liderança do Partido Liberal Democrata (PLD) – partido financiado pela CIA (agência do serviço secreto norte-americano) -, Ishiba já foi descrito pela revista norte-americana Time como um “populista franco”, o primeiro-ministro japonês também foi apresentado pelo sítio da Eciclopédia Britânica como “conhecido por suas posições relativamente progressistas em questões sociais, tendo defendido o empoderamento das mulheres e expressado apoio ao casamento entre pessoas do mesmo sexo”, indicando se tratar de um direitista identitário. Salvo por períodos muito específicos, o partido liderado por Ishiba, o PLD, governa o Japão desde 1955 de maneira praticamente ininterrupta, exceto por dois intervalos: de 1993 a 1995 e entre 2009 e 2012. Ainda assim, o país é considerado uma “democracia”.
Além disso, frequentemente o direitista japonês é apresentado como “especialista em defesa, sendo um defensor declarado de relações militares mais fortes com os Estados Unidos e de um exército mais robusto” pelo sítio da Universidade de Melbourne (Austrália) The Conversation, na matéria Shigeru Ishiba will be Japan’s next prime minister. What should we expect?. Nenhuma dúvida, portanto, que se trata de um conservador imperialista, a exemplo da homóloga italiana Giorgia Meloni ou do ex-primeiro-ministro britânico Rishi Sunak.
Entre suas posições mais abertamente pró-imperialistas, além do militarismo japonês, inclui também a defesa de uma “OTAN asiática”, a ser usada contra a Coreia do Norte e a China. Em artigo publicado no sítio do think tank norte-americano Hudson, Ishiba compara Rússia e Ucrânia com China e Taiuã para defender sua proposta. Diz o líder japonês, no artigo Shigeru Ishiba on Japan’s New Security Era: The Future of Japan’s Foreign Policy:
“A Ucrânia de hoje é a Ásia de amanhã. Substituindo a Rússia pela China e a Ucrânia por Taiwan, a ausência de um sistema coletivo de autodefesa como a OTAN na Ásia significa que é provável que ocorram guerras porque não há obrigação de defesa mútua. Nessas circunstâncias, a criação de uma versão asiática da OTAN é essencial para dissuadir a China por seus aliados ocidentais.”
Além disso, o mandatário japonês também se dedicou a fazer ameaças nucleares contra a República Popular Democrática da Coreia (RPDC, também conhecida como “Coreia do Norte”), em um momento de acirramento acentuado das tensões na Península da Coreia. Para o homem que também estará no Rio de Janeiro no dia 18 de novembro, os EUA sozinhos não são mais capazes de garantir a segurança do imperialismo na região, razão pela qual a RPDC deve ser contida “por uma versão asiática da OTAN”, que disponha ainda armas nucleares para “garantir a dissuasão contra a aliança nuclear da China, Rússia e Coreia do Norte”, diz:
“Recentemente, a Rússia e a Coreia do Norte formaram uma aliança militar, e a tecnologia nuclear está sendo transferida da Rússia para a Coreia do Norte. A Coreia do Norte está fortalecendo suas capacidades nucleares e de mísseis, e se as armas nucleares estratégicas da China forem adicionadas a essa dinâmica, a dissuasão ampliada dos EUA na região não funcionará mais. Isso deve ser complementado por uma versão asiática da OTAN, que deve garantir a dissuasão contra a aliança nuclear da China, Rússia e Coreia do Norte. A versão asiática da OTAN também deve considerar especificamente o compartilhamento de armas nucleares pelos Estados Unidos ou a introdução de armas nucleares na região.”
Belicoso ao extremo com os vizinhos, Ishiba é também sionista, tendo, por exemplo, atacado a retaliação iraniana contra “Israel” após as agressões da ditadura sionsita contra a República Islâmica. Em coletiva de imprensa concedida após a Operação Promessa Cumprida 2, no dia 2 de outubro, o líder japonês criticou o Irã por se defender e chamou a retaliação de “inaceitável”. A jornalistas, ele disse:
“O ataque do Irã é inaceitável. Nós o condenaremos veementemente. Mas, ao mesmo tempo, gostaríamos de cooperar (com os Estados Unidos) para neutralizar a situação e evitar que ela se transforme em uma guerra total.”
O ativismo político brasileiro terá a oportunidade de expressar a condenação popular por vampiros como Ishiba no próximo dia 18, em uma das dezenas de caravanas que se organizam em todo o País para protestar no Rio de Janeiro contra a presença desse e de outros vampiros, inimigos do povo trabalhador e explorado, no Brasil e no mundo. Por isso prepare-se desde já para participar, chamando seus amigos, contatos e todos que apoiam a luta pela libertação da Palestina.
