Nos dias 18 e 19 de novembro, o Brasil sediará a 19ª Cúpula do G20 no Rio de Janeiro, evento em que se reunirão os maiores representantes do imperialismo global, incluindo os líderes do G7, o grupo dos sete países mais poderosos e organizadores da ditadura mundial. Por essa razão, a capital fluminense será também a oportunidade para o País demonstrar seu repúdio à presença dos piores criminosos da humanidade. Entre os protagonistas desta cúpula está o chanceler alemão Olaf Scholz.
Com um histórico marcado pelo apoio a políticas imperialistas tanto no campo externo quanto na política interna, Scholz representa a continuidade da agenda agressiva da União Europeia, da OTAN e dos Estados Unidos. Ele, que assumiu o cargo em dezembro de 2021, é líder do Partido Social-Democrata (SPD, na sigla em alemão) e embora oriundo de uma agremiação esquerdista, sua política é totalmente alinhada à direita, cujas consequências sociais e econômicas impactaram fortemente os trabalhadores alemães e as populações dos países menos favorecidos na Europa. Scholz sucedeu Angela Merkel, da União Democrática Cristã (CDU, na sigla em alemão), de quem foi vice-chanceler e ministro das Finanças.
Mesmo apresentando uma fachada social-democrata, Scholz é a continuidade de um projeto de políticas antipopulares e antissociais dentro e fora da Alemanha. Durante seu período como ministro das Finanças de Merkel, Scholz foi um dos principais organizadores da política neoliberal, empreendendo um conjunto de reformas que reduziram drasticamente os direitos trabalhistas e estabeleceram os chamados “mini jobs” — empregos de baixíssimo salário e precários, que ampliaram a exploração da classe trabalhadora.
Essa reforma foi responsável por uma onda de empobrecimento e instabilidade para os trabalhadores do país mais industrializado da Europa. Sob Scholz, a política de austeridade se consolidou como uma marca do governo alemão, especialmente com o “freio de dívida”, uma medida que limitava os investimentos públicos e que gerou uma crise social prolongada nos países do sul da Europa, como Grécia, Itália e Espanha. Não é surpresa que Scholz tenha sido apoiado pelos setores financeiros e industriais, já que suas políticas beneficiaram os grandes capitalistas alemães, muito embora levando ao desespero a classe trabalhadora europeia, especialmente os países mais frágeis da União Europeia.
Ainda no plano internacional, Scholz foi também peça fundamental do imperialismo nas políticas expansionistas da OTAN e do bloco europeu contra a Rússia. Diante do confronto provocado pelo expansionismo da OTAN na Ucrânia, Scholz enfatizou que a “inviolabilidade das fronteiras é inquestionável”, criticando duramente a Rússia por se defender contra as ameaças das potências imperialistas.
Sua postura foi determinante para a intensificação do cerco à Rússia, parte de uma estratégia que visa isolar Moscou econômica e militarmente. Scholz foi um dos primeiros a defender sanções econômicas contra a Rússia e a insistir na adesão incondicional de outros países europeus à política beligerante da OTAN, que tem aumentado tensões em toda a região do Leste Europeu.
Além disso, Scholz demonstrou total adesão à política de dominação dos EUA no Oriente Médio. Seu posicionamento em relação à questão palestina é uma expressão disso: enquanto faz uma demagogia barata ao declarar que reconhece o “sofrimento inimaginável” dos palestinos em Gaza, ele imediatamente relativiza o genocídio cometido pelos sionistas e oferece total apoio à “segurança” de “Israel”.
Expressando esse apoio à ditadura sionista, Scholz declarou: “sentimos com vocês o horror, a dor, a incerteza e a tristeza. Estamos ao seu lado”, referindo-se às baixas israelenses e especialmente aos reféns da operação revolucionária Dilúvio de al-Aqsa. Em nenhum momento, no entanto, o chanceler alemão lembra as décadas de ocupação, as centenas de milhares de palestinos mortos ou as décadas de genocídio contínuo promovido pela ditadura sionista, preferindo colocar o peso do conflito sobre a resistência palestina.
É uma posição clara: Scholz apoia a continuidade do massacre, usando a retórica da “segurança” israelense como uma justificativa para o extermínio.
No que diz respeito à política interna, Scholz foi também um dos líderes imperialistas que, durante a pandemia, defendeu medidas fascistas, como a vacinação obrigatória, que ele mesmo qualificou como uma “necessidade” para combater o coronavírus. Para Scholz, a pandemia justificava restrições severas, lockdowns e o cerceamento de liberdades básicas, incluindo a liberdade de locomoção dos não vacinados, tratados como criminosos sob o pretexto de “proteger a saúde pública”.
A vacinação obrigatória, medida defendida por Scholz, é uma ação de coerção considerada uma forma de tortura, mesmo sob os critérios da própria declaração universal dos direitos do homem, elaborada por esses mesmos imperialistas e proclamada pela Organização das Nações Unidas. Scholz se mostrou insensível às reações negativas e às críticas que essas imposições geraram na Alemanha e em outros países europeus, promovendo uma política de controle populacional e desrespeito aos direitos individuais.
Como líder da Alemanha, Scholz desempenha um papel central na configuração do novo imperialismo europeu, que se alia ao regime dos EUA para expandir seu controle militar, político e econômico. Sua presença na cúpula do G20 no Brasil é um símbolo da tentativa de reforçar a dominação imperialista no cenário global, trazendo consigo a agenda de austeridade e repressão que implementa na própria Alemanha e exporta para outras nações.
Em resposta à sua vinda ao Brasil, caravanas de todo o País estão sendo organizadas para protestar contra a presença de Scholz e dos demais organizadores da ditadura mundial dos monopólios. As mobilizações contra a presença desses assassinos de crianças palestinas já se organizam por todo o território brasileiro, e toda a população que repudia a política genocida do imperialismo é convidada a se unir à luta.
Para mais informações sobre o protesto, entre em contato pelo número 11997410436 e participe dessa resistência. Todos que apoiam a Palestina e que compreendem a urgência da causa são chamados a compor a manifestação, que promete ser a maior do ano em defesa da luta contra o imperialismo e da liberdade dos povos.