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19ª Cúpula do G20

A quadrilha do G7 virá ao Brasil: Keir Starmer

Golpista articulador de alguns dos piores crimes do século como a perseguição implacável ao jornalista Julian Assange estará no Brasil em 18 de novembro

O Diário Causa Operária traz nesta edição mais um artigo da série de reportagens sobre os criminosos que virão ao Brasil participar da 19ª Cúpula do G20, encontro com os chefes de Estado dos países imperialistas e as mais desenvolvidas nações atrasadas, marcada para os dias 18 e 19 de novembro, na cidade do Rio de Janeiro. Embora tenha sofrido uma diminuição da sua relevância com a organização do BRICS (acrônimo formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e unindo outras importantes nações atrasadas), o G20 se tornou em um instrumento da pressão dos países desenvolvidos contra as nações oprimidas. Contra a presença desses salteadores da pior qualidade, o Partido da Causa Operária (PCO) e os Comitês de Luta de todo o País se reunirão na Cidade Maravilhosa para expressar o repúdio popular contra esses verdadeiros monstros, entre eles, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer.

Hoje à frente do Partido Trabalhista e do governo do Reino Unido, Keir Starmer acumulou uma trajetória recheada de escândalos e alianças que se chocam frontalmente com os interesses da classe trabalhadora britânica, e de povos oprimidos ao redor do mundo. Em uma análise contundente, Matt Kennard, do sítio investigativo Declassified UK, afirmou que a ascensão de Starmer é fruto de um “golpe” articulado entre o serviço secreto dos EUA (a sinistra CIA) e o próprio Partido Trabalhista, que precisava urgentemente reorganizar sua composição para arrefecer a ascensão de um setor operário cada vez mais forte e radicalizado, que se abrigava no partido e por meio dos trabalhistas, ameaçava adquirir influência igualmente crescente na política britânica. Por meio de repressão e expurgos, Starmer organizou a supremacia da ala mais reacionária do partido, firmemente alinhada ao imperialismo.

Prometendo inicialmente uma continuidade moderada da política do líder da esquerda dos trabalhistas Jeremy Corbyn, Starmer assumiu o comando do partido após a derrota da agremiação nas eleições de 2019, substituindo Corbyn no ano seguinte, embora com o apoio deste. Ao assumir a liderança do partido, rapidamente voltou-se contra seu antecessor, impondo uma verdadeira caça às bruxas contra qualquer vestígio de ideais progressistas no partido.

Segundo Kennard, “é realmente surpreendente o que ele fez com o Partido Trabalhista. É um golpe! Definitivamente um golpe.” As promessas de Starmer logo se revelaram vazias. Em um movimento calculado, ele retirou Corbyn da disputa parlamentar, bloqueando sua candidatura e purgando o partido de qualquer um que desafiasse a reorganização que empreendia, orientado pelos verdadeiros patrões do atual primeiro-ministro, também desmascarados pela imprensa independente do Reino Unido.

As relações de Starmer com a CIA, reveladas por Kennard e outros jornalistas investigativos, adicionam um componente ainda mais alarmante à sua ascensão. Durante o período em que ainda era parte do gabinete paralelo de Corbyn, Starmer se aproximou de figuras centrais do serviço secreto norte-americano, incluindo Mike Pompeo, chefe da CIA à época.

Kennard destaca que Starmer fazia parte da Comissão Trilateral, uma organização vinculada ao poder imperialista norte-americano, e que se encontrou com Pompeo para discutir estratégias que impedissem a chegada de Corbyn ao poder, alegando que este representaria uma “ameaça ao estado de segurança nacional dos EUA”. É evidente que, para a CIA, Starmer era o candidato ideal para domesticar o Partido Trabalhista, transformando-o em um braço confiável dos interesses imperialistas no Reino Unido.

Em outra face desse alinhamento, uma das articulações mais escandalosas de Starmer em prol dos interesses norte-americanos foi sua participação decisiva na perseguição ao jornalista Julian Assange, fundador do sítio WikiLeaks e responsável expôs ao mundo os crimes de guerra cometidos pelos EUA no Iraque, um “crime” para Starmer e o criminoso governo norte-americano.

Como chefe do Ministério Público da Coroa (CPS), Starmer utilizou todos os meios para manter Assange detido em solo britânico, colaborando com promotores suecos para impedir que o jornalista fosse inocentado. “O CPS interveio e deixou claro: ‘não se atreva a ficar com medo’”, revelou Kennard a outro órgão investigativo britânico, o Mintpress, numa clara evidência de que a intenção era destruir Assange. Esse episódio permanece sendo um dos ataques à liberdade de expressão mais brutais do século e teve todas as digitais de Starmer, que atropelou qualquer preocupação com as formalidades democráticas para garantir que Assange permanecesse encarcerado, em atendimento às ordens dos governos norte-americanos.

A trajetória política de Starmer também deixa clara sua cumplicidade com os interesses sionistas. Desde que assumiu o comando do Partido Trabalhista, ele buscou estreitar laços com “Israel”, mesmo em meio ao aumento das atrocidades contra o povo palestino. Starmer defendeu abertamente “Israel” e o sionismo, e seu governo é marcado pela repressão contra mobilizações pró-Palestina no Reino Unido, silenciando vozes que se levantam contra o genocídio em curso.

Em resposta a protestos, o atual primeiro-ministro aplicou uma repressão brutal, criminalizando a solidariedade com a Palestina e restringindo a liberdade dos ativistas britânicos. Sob o disfarce de segurança nacional, ele alinhou o Partido Trabalhista à ditadura sionista (da qual o Reino Unido é o segundo maior parceiro, atrás apenas dos EUA), deixando claro que seu governo serve a interesses colonialistas e anti-palestinos.

No campo econômico, Starmer mostra-se totalmente comprometido com a agenda neoliberal, sendo um dos principais articuladores de uma política de desregulamentação da economia britânica. Em recentes declarações, ele assegurou a investidores internacionais que seu governo “se livrará das regulamentações que freiam desnecessariamente os investimentos”, prometendo abrir as portas do país à pirataria dos banqueiros o que, na prática, resulta em mais exploração para a classe trabalhadora britânica. 

Esses fatores compõem um perfil claro de um político oportunista o bastante para usar um partido que há muito tempo foi de esquerda, mas hoje traz consigo a pior política imperialista de repressão, guerra contra os países atrasados e ataques brutais à classe trabalhadora do próprio país. A trajetória do ex-burocrata Starmer é repleta de ações calculadas para manter o Reino Unido em completa submissão aos interesses norte-americanos e sionistas, enquanto reprime e silencia movimentos populares tanto em casa quanto no exterior. Sua chegada ao Brasil para a cúpula do G20 representa, portanto, uma oportunidade para o povo reiterar seu repúdio a esses agentes da ditadura dos monopólios, os piores bandidos do planeta Terra.

A oportunidade de expressar a condenação popular contra vampiros como o preposto da CIA em 10 Downing Street (residência oficial do primeiro-ministro britânico, em Londres) no próximo dia 18, em uma das dezenas de caravanas que se organizam em todo o País para protestar contra a presença desse e de outros parasitas, inimigos do povo trabalhador e explorado, no Brasil e no mundo. Por isso prepare-se desde já para participar no Rio de Janeiro, chamando seus amigos, contatos e todos que apoiam a luta pela libertação da Palestina.

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