Segundo denúncia feita pelo jornal GZH, a 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), em Porto Alegre, não está atendendo várias mulheres que vão até lá registrar boletins de ocorrência.
Segundo a publicação, no último domingo (31), durante plantão diurno, quatro mulheres desistiram de registrar seus boletins em decorrência da demora para serem atendidas. O plantão segue uma ordem de prioridade: ocorrências que tenham suspeito conduzido pela Brigada Militar (BM), ocorrências nas quais o policial chega acompanhado da vítima e, por último, aquelas que procuram sozinhas a delegacia.
O caso mostra que as mulheres não podem recorrer à polícia para garantir a sua segurança. Trata-se de uma instituição burocrática que serve única e exclusivamente para reprimir a população – inclusive mulheres -, e não para protegê-la de eventuais episódios de violência.
Nesse sentido, as mulheres devem se organizar em comitês de autodefesa para garantir a sua própria segurança. Tal organização seria controlada pela população e, portanto, agiria conforme os interesses da população, e não do Estado burguês. Isso, por si só, já garante uma eficiência muito maior quando comparado à polícia.