O Irã tem sido fundamental para a luta contra o Estado sionista e genocida. Nesta terça-feira (4), o país sediou a cúpula Coalizão Global contra o Mal para abordar, com a participação de várias figuras internacionais, maneiras para se lidar com o braço armado do imperialismo no Oriente Médio: “Israel”.
A sede do encontro é a Universidade Amir Kabir, na capital iraniana, Teerã. Além de um passo importante para a consolidação de uma aliança internacional para enfrentar o regime sionista, condenar o regime assassino que vem promovendo um dos piores genocídios da história, serão homenageados todos os que deram suas vidas na luta pela liberdade enfrentando um inimigo terrível.
Sharam Irã, contra-almirante e comandante da Marinha do Exército Iraniano, ficou encarregado do discurso de abertura cúpula, que conta com a participação de embaixadores da Venezuela (José Rafael Silva Aponte), Cuba (Alexis Bandrich Vega), Nicarágua (Ramón Moncada Colindres), Bolívia (Romina Pérez) e Iêmen (Ibrahim Muhamad al-Deilami).
Estado agressor
“Israel”, com o apoio do imperialismo, tem promovido todo tipo de crime contra os países da região. Vem bombardeando a Síria, o Iêmen, o Líbano, o Irã; além de um massacre sem precedentes contra o povo palestino na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.
A agressividade desse país artificial é proporcional ao tamanho da crise do imperialismo, que tem sua própria existência condicionada à de “Israel”. Recentemente, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netaniahu, declarou que se “Israel cair, o mundo todo cai”. Na verdade, se aproxima a queda do imperialismo, o que, ao contrário do que ele tenta dizer, seria benéfico para o mundo.
Para manter sob sua bota os países produtores de petróleo no Oriente Médio, os imperialistas utilizam um capanga, um posto avançado e braço armado, que é o Estado de “Israel”.
A resistência
O imperialismo aumentou a pressão sobre a região com a revolução iraniana, que tirou do poder um governo fantoche, o do Xá Reza Pahlevi, que mantinha a população iraniana sob as mais brutal ditadura para beneficiar os interesses do grande capital sobre produção de petróleo do país.
Como publicamos em 1º de maio deste ano (leia na íntegra), Ruhollah Khomeini, líder da Revolução Iraniana, e primeiro chefe de Estado da República Islâmica do Irã, afirmava que “a verdade em nossa política externa e internacional islâmica [é] que buscamos expandir a influência do Islã no mundo e reduzir a dominação dos colonizadores” e que “o significado de exportar nossa revolução é que todas as nações acordem e todos os governos acordem e se libertem dessa situação difícil que enfrentam e dessa dominação em que estão presos e se salvem do fato de que seus recursos estão sendo saqueados enquanto eles vivendo na pobreza”.
O triunfo da revolução iraniana serviu como motivação para a luta dos povos muçulmanos na região, como vimos acontecer com a vitória do Talibã sobre as forças dos EUA, que incendiou o Oriente Médio, o Continente Africano e cada país oprimido, que percebe a fragilidade do imperialismo e uma oportunidade real de o enfrentar e derrotar.
Palestina e Líbano
O Irã, com o comando do general Qassen Soleimani, tratou de estabelecer núcleos, a partir de núcleos, o Eixo da Resistência, que foi englobando Líbano, Síria, Iêmen e também a Palestina. No início, sua ação foi concentrada princialmente no Líbano, com o Hesbolá. No entanto, com o aumento das ações militares dos EUA no Iraque e Afeganistão, a partir dos anos 2000, sentiu-se a necessidade de acelerar o desenvolvimento do Eixo.
O Eixo foi fundamental para armar o Ansar Alá, no Iêmen, e derrotar a coalizão formada pela Arábia Saudita e mais 10 países. Na Síria, foi o Eixo que garantiu a derrota do Estado Islâmico e outros grupos financiados pelos Estados Unidos para tentar derrubar o governo de Bashar al-Assad.
Em 7 de outubro de 2023, a resistência palestina deflagrou uma operação contra o Estado sionista, que o pegou despreparado e marca o início de uma revolução na região. Enquanto a resistência combate os sionistas no Sul, o Hesbolá abriu outra frente no Norte, destruindo inúmeros equipamentos militares e bases israelenses.
Embora o Estado sionista venha provocando massacres de civis também no Líbano, como faz costumeiramente, o Hesbolá promoveu pesadas baixas às forças armadas israelenses, que não conseguem controlar sequer uma única aldeia no sul do país.
Enquanto isso, ataques contra “Israel” partem da Síria, do Iraque e do Iêmen, país que praticamente fechou a navegação para navios direcionados para “Israel” no Mar Vermelho, o que tem provocado um verdadeiro caos na economia sionista, como a falência do porto de Eilat.
O Irã tem sido fundamental para o enfrentamento contra o imperialismo. Além de sua importância no Oriente Médio, entrou para o BRICS e tem estreitado relações com a Rússia e a China, formando assim a tríade de países que é alvo principal do imperialismo, que tem mergulhado em uma crise sem precedentes e, ao que tudo indica, uma crise terminal.