Em 13 de agosto de 1932, durante o Mandato Britânico, era fundado o Partido da Independência da Palestina (Hizb al-Istiqlal), uma importante organização nacionalista árabe que teria 15 anos de duração. Seu grande fundador foi Muhammad Izzat Darwaza, um militante nacionalista que ingressou nas fileiras da Fatá após a revolução árabe de 1916. Nascido em Nablus, Izzat Darwaza era historiador e chegou, entre 1922 e 1927, a atuar como diretor da Escola Nacional an-Najah, onde teve a oportunidade de promover seus ideais nacionalistas.
Além de Izzat Darwaza, são considerados cofundadores Fahmi al-Abboushi, Mu’in al-Madi, Akram Zu’aytir, ‘Ajaj Nuwayhid, Rashid al-Hajj Ibrahim, Subhi al-Khadra e Salim Salamah. As origens do partido remontam ao movimento Istiqlal, associado ao governo de curta duração que a revolta armada árabe conseguiu estabelecer em Damasco. Seus fundadores, a maioria dos quais eram da região de Nablus, defendiam a adoção de novos métodos de ação política, incluindo a não cooperação com as autoridades do Mandato Britânico e o não pagamento de impostos.
A organização fundada por Izzat Darwaza defendia que o imperialismo britânico era o principal inimigo dos palestinos; assim, o partido os instava a focar sua luta não apenas contra o sionismo, mas também contra o colonialismo britânico. O partido também exigia a independência total dos árabes, a unidade pan-árabe, a revogação do Mandato e da Declaração Balfour e o estabelecimento de um governo parlamentar árabe na Palestina.
A época considerada de ouro do Partido Istiqlal foi a primeira metade do ano de 1933, quando conseguiu grande influência sobre a juventude. A partir de então, sua atividade entrou em declínio. Ainda assim, esteve presente na revolução árabe de 1936, quando convocou um boicote ao estilo do Partido do Congresso Indiano contra os britânicos.
Em meio ao processo revolucionário, o Partido Istiqlal conseguiu uma posição de destaque no primeiro Comitê Superior Árabe, formado em abril de 1937. Awni Abd al-Hadi, líder da organização à época, se tornou secretário-geral do Comitê. No entanto, com o crescimento da repressão, que serviu para integrar ainda mais as milícias sionistas ao imperialismo britânico, o Comitê e outros partidos políticos, incluindo o Partido Istiqlal, foram declarados ilegais pelo Mandato Britânico.