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América Latina

A linha do tempo do golpe fracassado na Bolívia

Crise durou pouco mais de três horas e resultou na prisão do principal general do golpe, o qual afirmou que foi orientado pelo próprio presidente boliviano

Nessa quarta-feira (26), um setor do exército boliviano, liderado por Juan José Zúñiga, tentou dar um golpe militar contra o governo Luis Arce. O golpe, entretanto, fracassou, durante pouco mais de três horas.

Confira, abaixo, a linha do tempo dos eventos que ocorreram na Bolívia:

O ex-comandante do Exército, Juan José Zúñiga, colocou blindados e soldados armados nas ruas. Diante disso, o presidente Luis Arce, bem como o ex-presidente Evo Morales, denunciaram em suas contas no X (antigo Twitter) uma mobilização incomum por parte das forças armadas.

Os blindados e soldados passaram a ocupar a Praça Murillo. Lá é onde estão localizadas a sede do governo e a sede do Legislativo. Os militares cercaram o local onde Luis Arce se encontrava.

Lançando os blindados contra a entrada da sede do governo, os militares invadiram o local. Vídeo mostra o momento em que conseguiram acesso ao Palácio Queimado, passando a ocupá-lo.

Em meio a essa confusão, o general Zúñiga encontrou com Luis Arce na entrada do Palácio Queimado. Segundo relatos, o presidente boliviano, enquanto chefe das forças armadas, exigiu que o militar recuasse e acabasse com a ofensiva contra o governo. Ele, entretanto, desacatou suas ordens.

Diante da invasão dos militares, a Central Operária Boliviana (COB), principal central sindical do país, deflagrou uma greve geral por tempo indeterminado contra o golpe. A organização operária ainda convocou os trabalhadores a irem até a Praça Murillo defender o governo.

Enquanto isso, Luis Arce e seus ministros foram para a Casa Grande do Povo, a residência presidencial da Bolívia. Lá, ele fez um pronunciamento oficial televisionado, convocando a população a resistir ao golpe.

Em seguida, o presidente boliviano convocou uma cerimônia na qual nomeou os novos comandantes das forças armadas. Então, o novo comandante do Exército ordenou que os soldados que estavam ocupando a Praça Murillo voltassem para seus quartéis.

Ao mesmo tempo, atendendo ao chamado feito pelas organizações populares, a população começou a ir para a Praça Murillo, entrando em confronto com os militares.

No final, os militares deixaram a praça. Segundo a imprensa, Zúñiga, que passou boa parte do tempo dentro de um blindado, foi o primeiro a sair. Os demais soldados o seguiram, ainda havendo alguns confrontos com a população, que já estava em maior número.

Centenas de pessoas na Praça Murillo começaram a comemorar o que consideraram como sendo uma derrota da tentativa de golpe militar. Os manifestantes gritavam coisas como “fracassou o golpe de Estado”.

Luis Arce, então, chegou na Praça e fez um pronunciamento. Ele entrou na sede do governo e, da sacada, falou com os presentes. Enquanto isso, o general Zúñiga estava sendo detido, chegando a afirmar, durante sua prisão, que foi instruído pelo próprio presidente boliviano a dar o golpe.

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