No dia 1º de meio, quando trabalhadores de todo o mundo saem às ruas em defesa de suas reivindicações históricas, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos desferiu um duríssimo golpe contra os direitos democráticos de sua própria população, e que certamente impactará os direitos democráticos de todos os povos.
Trata-se do projeto de lei contra o “antissemitismo”, que será utilizado para intensificar a perseguição aos críticos do Estado criminoso de “Israel”. Com isso, o aparato de repressão ganhará ainda mais poderes para suprimir brutalmente a oposição aos crimes de “Israel” e ao apoio dos países imperialistas a este.
A prova de que isso se trata de uma tendência mundial é o fato de que o Congresso Nacional brasileiro realizou, no dia 5 de maio, um evento em memória do holocausto judeu.
Ao assistir a esses eventos, tem-se a impressão de que o único povo que sofreu em toda a história foram os judeus. E que hoje, nenhum povo sofre nenhum tipo de genocídio, ao ponto de não precisar da proteção do Congresso brasileiro ou da Câmara dos EUA. É um espetáculo repugnante de cinismo.
A campanha em torno do sofrimento judeu é como se fosse uma “licença para matar”. Falam dos judeus de dois mil anos atrás para matar os palestinos dos dias de hoje. Falam dos horrores do Holocausto, que de fato foi uma manifestação aberrante do imperialismo, mas que é algo do passado. A ideia de que os judeus estão ameaçados com um segundo holocausto é uma farsa, uma mentira. Algo utilizado para massacrar os palestinos.
Por que se fala do holocausto judeu apenas? E o genocídio armênio? E o genocídio vietnamita? E o genocídio iraquiano?
A humanidade está cheia de exemplos de violência. Mas por que as instituições sob controle do imperialismo não falam de nenhum desses casos?
Simples: porque essa campanha nada tem a ver com a defesa de qualquer questão humanitária. É apenas um pretexto para o holocausto contemporâneo, o genocídio palestino.