O imperialismo se prepara para a guerra mundial. A situação em Gaza e na Ucrânia deixa isso claro. Em Gaza estão dispostos a sustentar o genocídio do povo palestino e assim arriscar uma guerra com diversos países árabes e o Irã. O caso da Rússia é ainda mais grave, o país tem armas nucleares e está em enfrentamento direto com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Mas nos dois casos, o imperialismo não cogita ser derrotado, o que levará a uma escalada da guerra.
Para um sucesso militar, é preciso impor a censura em todo o mundo. A guerra em Gaza demonstrou isso. O mundo inteiro se levantou contra o sionismo devido às imagens nas redes sociais. No caso da Rússia, que tem uma poderosa imprensa, ela foi diretamente censurada pelos monopólios como o YouTube e também pelos países europeus. A censura faz parte da guerra, não se pode deixar o inimigo fazer propaganda dentro do seu território, principalmente quando há uma grande tendência do mundo a se opor ao imperialismo.
Isso significa, portanto, que a defesa das liberdades democráticas, que foi chamada pela esquerda dea política bolsonarista, é na realidade uma política de enfrentamento direto contra a guerra imperialista. A tese de que defender os direitos democráticos é algo da direita sempre foi absurda. A campanha da censura vem justamente do governo Biden, que cooptou um enorme setor da esquerda a seu favor. Mas a realidade está mostrando o quanto essa política de censura é reacionária.
Todos os esquerdistas que se colocaram ao lado de Alexandre de Moraes na defesa da censura nas redes sociais e do combate às “fake news” estavam preparando o terreno para a política de guerra imperialista. Uma guerra genocida como a que está acontecendo agora na Faixa de Gaza, ou como a guerra na Síria, no Iraque, dentre tantas outras. Isso, na verdade, é a consequência natural de se apoiar qualquer política vindo de Biden, o senhor da guerra.
Essa questão mostra também a importância da defesa dos direitos democráticos. Não é apenas uma defesa dos trabalhadores, de sua capacidade de lutar. É algo ainda mais profundo. É um enfrentamento direto com a principal política do imperialismo em seu momento de maior crise. Defender os direitos democráticos, a liberdade de expressão, significa defender a Rússia, a China, o Irã e todos os países oprimidos da gigantesca máquina de guerra que se prepara para um novo banho de sangue.