A Petrobrás atingirá R$ 400 milhões em incentivo à cultura. O anúncio foi feito pelo presidente da empresa, Jean-Paul Prates, durante a cerimônia de lançamento do edital “Seleção Petrobras Cultural – Novos Eixos” no Museu de Arte Moderna do Rio (MAM) e na presença do presidente Lula e de ministros de Estado, na última sexta-feira (23). O novo edital prevê 250 milhões para incentivo à cultura, sendo que os patrocínios serão realizados com a utilização de incentivos fiscais previstos na Lei Rouanet (Lei 8.313/91) e na Lei do Audiovisual (Lei 8.685/93).
O presidente da estatal ainda explicou que os investimentos da estatal no governo anterior girou em torno de R$ 27 milhões, o que é absolutamente insuficiente. Prates destacou:
Atingiremos os R$ 400 milhões de incentivo à cultura, somando R$ 250 milhões do novo edital e os R$ 150 milhões atuais, que já estão sendo investidos
A ação da Petrobrás mostra a importância que têm as empresas estatais no investimento e ampliação do mercado interno, bem como no desenvolvimento da cultura e outros setores. Mesmo com total a limitação imposta à Petrobrás pela abertura ao mercado de parte significativa de suas ações, impondo à empresa a política da rentabilidade para os acionistas, o fato de ser controlada pelo estado nacional permite à empresa esse tipo de investimento em benefício da população, ainda que de maneira muito limitada.
A estatização imediata das grandes empresas dos setores fundamentais, rompendo com a lógica da rentabilidade para os acionistas, muitos internacionais, que levam o lucro produzido com o trabalho do povo brasileiro para os bolsos privados, frequentemente os alocando em outro país, permitirá um grau de investimento no mercado interno nunca visto, uma ferramenta poderosa para o amplo desenvolvimento industrial, social, educacional e cultural brasileiro. Essas medidas parciais, ainda que relevantes, mostra a necessidade de uma política de estatização séria e profunda, para que seja posta em prática imediatamente