Adotada oficialmente em 1988 pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP), a bandeira da Palestina é composta por três listras horizontais, que são, de cima para baixo, preto, branco e verde. Do lado esquerdo, sobrepondo as listras, há um triângulo isósceles vermelho.
Essas cores representam o pan-arabismo. A bandeira, que simboliza o povo palestino e seu Estado, tem praticamente o mesmo desenho da bandeira da Revolta Árabe de 1916 e foi desenhada por Sharif Hussein, líder da revolta contra o Império Otomano.
As cores pan-árabes representam quatro dinastias históricas árabes. O preto simboliza a dinastia dos Abássidas; o branco, a dinastia dos Omíadas; o verde, a dinastia dos Fatímidas; e o vermelho, a dinastia dos Hachemitas e o sangue dos mártires que lutam pela liberdade.
Há ainda outro significado para as cores. Preto, branco e verde simbolizariam, respectivamente, as longas noites de opressão e luta do povo palestino, a pureza de seus objetivos, a terra da Palestina e a esperança de um mundo melhor. O triângulo vermelho, comum a muitas bandeiras árabes, representa o Monte Sinai. Neste monte, segundo tradições islâmicas, Maomé teria recebido as primeiras revelações do Corão.
Desde 2015, foi instituído um Dia da Bandeira na Palestina, celebrado em 30 de setembro. Desde 2021, os palestinos adotaram a prática de hastear a bandeira a meio mastro no dia 2 de novembro para lamentar a Declaração Balfour de 1917, emitida pelo Império Britânico em apoio a uma “casa nacional para o povo judeu” na Palestina.
Com a invasão da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, o Estado sionista proibiu a bandeira palestina, e essa proibição durou até o início dos anos 1990, quando foram assinados os Acordos de Oslo. Na prática, essa proibição persiste, apesar da condenação da Anistia Internacional, pois as forças sionistas frequentemente confiscam as bandeiras e prendem aqueles que as portam na Cisjordânia. Proibição que, inclusive, foi levada para outros países. Nas redes sociais, há milhares de vídeos de policiais de diversas “democracias” europeias, como Alemanha, Inglaterra, Suécia, entre outros, agredindo e prendendo pessoas que ostentam a bandeira palestina.
A bandeira da Palestina é parte de uma longa tradição, a de um povo que tem enfrentado grandes impérios e ainda assim não se curva. Os árabes foram sistematicamente traídos pela França e pelo Reino Unido, que dividiram entre si o território durante a Primeira Guerra Mundial. Até a formação do Estado sionista, os palestinos enfrentaram o terror financiado e apoiado pela Coroa Britânica. Desde que os EUA assumiram “Israel” como seu braço armado no Oriente Médio, a escalada de violência contra os palestinos só tem aumentado. Em outubro de 2023, porém, esse povo iniciou a operação Dilúvio de Al-Aqsa, marcando o início da revolução palestina contra o Estado genocida israelense.