Segundo a imprensa israelense, como preparação para o mês do Ramadã, o Estado nazista de “Israel” enviou cerca de 15.000 soldados e policiais militares para a Cisjordânia. No total, são 5.000 reservistas, 24 batalhões e 20 esquadrões da polícia de fronteira, além de duas unidades de forças especiais.
Ainda segundo um jornal israelense, o Yedioth Ahronoth, documentos internos vazados revelam que Joabe Galante, ministro de Segurança da ocupação, alertou seus comandantes de confrontos cada vez mais violentos durante este período na região.
Com o começo do Ramadã, a atividade militar da ocupação na Cisjordânia aumentou consideravelmente, com muitos confrontos entre a resistência e “Israel” ocorrendo na região.
A agressividade cada vez maior da ocupação sionista demonstra que, assim como em Gaza, a luta contra o Estado nazista de “Israel” na Cisjordânia está extremamente radicalizada. Nesse sentido, os israelenses precisam adotar uma política ainda mais fascista para tentar reprimir o levante da população da região – temem o poder da resistência.
E não é à toa, tanto é que, segundo relata a emissora libanesa Al Mayadeen, unidades especiais do exército sionista que se infiltraram em Jenin foram derrotadas pela resistência armada nessa terça-feira (12). Outros relatos da imprensa árabe mostram que o povo está cada vez mais organizado em sua luta contra os israelenses.
O que está acontecendo na Cisjordânia é, também, uma revolução. A população está pegando em armas para lutar contra o Estado nazista de “Israel”, e está fazendo isso enquanto um povo oprimido unido para derrotar o seu opressor.
Outro fato que demonstra isso é a greve geral que ocorreu na Cisjordânia em dezembro do ano passado. Uma greve, em primeiro lugar, contra o genocídio que “Israel” perpetra na Faixa de Gaza e contra a ocupação sionista na própria Cisjordânia. Ela atestou o caráter de classe da rebelião que acontece na região, assemelhando-se, inclusive, ao que ocorreu durante as Intifadas.
Na prática, toda a população palestina está unida na luta contra “Israel”, e está cada vez mais disposta a pegar em armas para acabar, de uma vez por todas, com a ocupação. Tanto é assim que, em entrevista à +972 Magazine, um membro da resistência afirmou que “somos pessoas humildes, então temos que raspar o tacho para comprar uma arma e lutar de volta”. Uma comprovação do caráter popular do combate aos israelenses.
Ao longo das últimas semanas, este Diário analisou em diversas ocasiões a revolução que está em marcha em Gaza. Na Cisjordânia, entretanto, ela pode ser ainda mais acabada no sentido de que, lá, os palestinos lutam contra um Estado propriamente dito e contra uma ocupação, contra a Autoridade Palestina e contra o exército israelense.
É possível, portanto, que, na Cisjordânia, os palestinos expulsem “Israel” assim como o fizeram em Gaza durante a segunda Intifada. Algo que elevaria a crise da ocupação sionista a níveis inéditos, podendo, ao lado da ação da resistência em Gaza, levar o Estado sionista ao seu fim.