Previous slide
Next slide

Estados Unidos

A duas semanas do pleito, Trump surge como favorito nas pesquisas

O apoio decisivo do governo democrata aos crimes de "Israel" em meio ao genocídio palestino apresenta seu preço

A apenas duas semanas do dia oficial das eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcado para 5 de novembro, o país já registra uma intensa movimentação de eleitores no voto antecipado. De acordo com dados divulgados pelo Laboratório Eleitoral da Universidade da Flórida, cerca de 12 milhões de eleitores já votaram, com um destaque: quase metade desses votos vieram de eleitores registrados como democratas, enquanto um terço corresponde aos republicanos. 

Essa disparidade entre os partidos no voto antecipado reflete não apenas uma tendência histórica, mas também a postura do ex-presidente Donald Trump e de seus seguidores, que continuam a criticar fortemente essa modalidade de votação. Trump, que repetidamente alegou, sem provas, que o voto antecipado favorece fraudes, mantém uma base republicana mais reticente em adotar esse método.

Com isso, é natural que os números favoreçam Kamala Harris e os democratas neste momento, já que sua campanha incentiva fortemente o voto antecipado como forma de garantir participação. Apesar disso, a vantagem democrata no voto antecipado não é garantia de vitória.

As campanhas seguem intensificando suas ações nos estados-chave, onde a disputa está mais acirrada. Tanto Harris quanto Trump focam seus esforços em estados como Michigan, Geórgia e Pensilvânia, que devem decidir o resultado. 

Situação de Kamala Harris cada vez pior

Embora o início da campanha de Kamala Harris tenha sido marcado por um entusiasmo que a colocava em uma posição confortável nas pesquisas, a realidade agora é bem diferente. Órgãos como The Washington Post indicam um cenário de empate técnico entre Harris e Trump nos principais estados decisivos.

Nos estados-chave, como Michigan, Pensilvânia e Carolina do Norte, as pesquisas mostram que Harris e Trump estão praticamente empatados. A pesquisa mais recente aponta que Harris possui 47% das intenções de voto, contra 48% de Trump, números que revelam uma corrida extremamente apertada, como mostram as intenções abaixo nos estados mais importantes das eleições nos EUA:

Arizona: Kamala Harris 46%; Donald Trump, 49%. (Margem de erro: 5%)
Geórgia: Kamala Harris 51%; Donald Trump, 47%. (Margem de erro: 4,5%)
– Michigan: Kamala Harris 49%; Donald Trump, 47%. (Margem de erro: 4,6%)
– Nevada: Kamala Harris 48%; Donald Trump, 48%. (Margem de erro: 4,8%)
PCarolina do Norte: Kamala Harris 47%; Donald Trump, 50%. (Margem de erro: 3,9%)
Pensilvânia: Kamala Harris 49%; Donald Trump, 47%. (Margem de erro: 4,6%)
Wisconsin: Kamala Harris 50%; Donald Trump, 47%. (Margem de erro: 4,6%)

Esse quadro é reforçado por outra análise, publicada pelo semanário britânico The Economist, que diferente do The Washington Post, que mostra que Trump pode, de fato, sair vitorioso. A projeção do modelo estatístico da publicação indica uma chance de 54% para o ex-presidente retornar à Casa Branca. Essa mudança no cenário eleitoral reflete uma consolidação do apoio republicano, com eleitores que antes estavam indecisos se inclinando para Trump nas últimas semanas.

O crescimento dele entre os indecisos foi notável, enquanto a campanha de Harris parece estagnada. Com essa virada, a eleição se apresenta como uma incógnita, podendo pender para qualquer um dos lados, dependendo de pequenos ajustes nos estados decisivos.

A questão palestina e o impacto em Michigan

Um fator chave que pode influenciar os resultados em estados como Michigan é a posição do governo Biden em relação ao conflito entre “Israel” e Palestina. O apoio incondicional de Joe Biden, e por extensão de Kamala Harris, ao genocídio sionista tem alienado uma parte significativa dos eleitores árabes-americanos. Em Michigan, onde há uma grande comunidade árabe, a política pró-“Israel” do governo democrata tem pesado negativamente para Harris. A região abriga uma das maiores concentrações de árabes nos Estados Unidos, e muitos desses eleitores têm se mostrado críticos à postura do governo em relação à Palestina.

O apoio decisivo de Biden ao Estado de “Israel” em meio ao genocídio palestino não passa despercebido. Pesquisa recente aponta que a comunidade árabe de Michigan, composta por milhares de eleitores, está fortemente inclinada a se abster ou até a votar contra Harris, em protesto às políticas externas dos democratas. Isso representa uma complicação adicional para Harris, já que Michigan é um dos estados mais importantes da corrida eleitoral. A perda de apoio entre a comunidade árabe, que historicamente tem uma grande participação nas eleições, pode ser decisiva para o resultado.

O custo do apoio ao genocídio

O mergulho profundo dos democratas na política sionista tem cobrado um preço alto. A situação de Kamala Harris reflete não apenas a crise interna do partido, mas também a alienação de importantes grupos de eleitores. O apoio incondicional de Biden a “Israel”, em meio ao genocídio contra os palestinos, afasta uma parte significativa dos eleitores democratas tradicionais e de comunidades árabes e muçulmanas, particularmente em estados-chave como Michigan. Essa política de submissão aos interesses israelenses não apenas prejudica a imagem de Harris, como enfraquece o partido em um momento em que deveria estar buscando a ampliação de sua base.

O que fica evidente é que a crise de popularidade enfrentada por Kamala Harris não se deve apenas ao desgaste da administração Biden, mas também ao alinhamento com políticas impopulares como o apoio ao genocídio palestino. Esse apoio contribui para o enfraquecimento da candidatura democrata em estados decisivos, justamente onde a eleição será decidida. 

A conclusão é clara: ao se alinhar com o sionismo e aprofundar políticas que desagradam uma parte crescente do eleitorado, os democratas pagam o preço com a aprovação popular. O que antes parecia uma vitória fácil se transformou em uma corrida acirrada, com Trump ganhando terreno justamente onde os democratas mais esperavam triunfar. As próximas semanas serão decisivas, mas uma coisa é certa: a política externa desastrosa de Biden e Harris terá impacto direto nas urnas, especialmente em estados como Michigan, onde o apoio árabe pode decidir o futuro da presidência dos EUA.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Rolar para cima

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.