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Faixa de Gaza

A difícil vida de um propagandista do genocídio sionista em 2024

O mundo inteiro já viu que “Israel” é um Estado genocida, mas os sionistas precisam seguir defendendo o indefensável para justificar a existência de seu medíocre “país”

O regime sionista está cada vez mais próximo de seu fim. Até mesmo sua propaganda está em uma crise profunda, não conseguindo convencer ninguém de suas mentiras. O maior articular sionista do Brasil, André Lajst, recentemente, em sua conta no X (antigo Twitter), tentou provar que o que acontece na Faixa de Gaza não é um genocídio. A posição é defensiva por si só, ele está tendo que argumentar, pois está claro para o mundo inteiro que é um genocídio. A argumentação, como tudo criado pelo sionismo, é baseada em mentiras absurdas. Mesmo assim, vale ser debatida.

Ele começa: “imagens e relatos de sofrimento humano na Faixa de Gaza e no sul de Israel dominam manchetes e redes sociais, gerando crescente indignação. Cada morte civil é uma tragédia, e é compreensível pedir punição aos responsáveis. Diante disso, vale ressaltar que a contraofensiva israelense no enclave palestino após os ataques realizados pelo Hamas não constitui um genocídio, apesar dessa acusação ter se tornado comum nos últimos meses e até constar em uma denúncia feita pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça”.

A primeira mentira é que no sul de “Israel” há imagens de sofrimento humano. O sofrimento existe apenas nos territórios palestinos onde foram jogadas mais bombas do que nos bombardeios dos nazistas em Londres na Segunda Guerra Mundial – um detalhe importante, Londres já era maior que a Faixa de Gaza. Então por que ele diz isso? Porque a principal tática do sionismo é sempre se apresentar como a vítima, mesmo quando se está bombardeando mulheres e crianças.

Ele começa: “o termo ‘genocídio’ não se aplica. O termo ‘genocídio’ se refere à destruição física de um grupo com base em sua identidade. Isso não é o objetivo de Israel na Faixa de Gaza. Raphael Lemkin criou o termo em 1944 para descrever a exterminação sistemática dos judeus pelos nazistas. A Convenção sobre Genocídio de 1948 define genocídio como atos cometidos com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso. A guerra de Israel é contra o Hamas, não contra os palestinos. Israel não busca destruir a população palestina da Faixa de Gaza. Líderes israelenses afirmam que a campanha é exclusivamente contra o Hamas”.

Como de costume, é tudo uma mentira. O objetivo do Estado de “Israel” é a limpeza étnica na Palestina, ou seja, a limpeza étnica na Faixa de Gaza. Isso foi feito em 1948 em 80% da Palestina e, agora, fariam de novo se fosse possível. Não é o mesmo que genocídio, pois uma possibilidade é expulsar todos os palestinos, mas isso não descarta que a política de “Israel” é de exterminar o máximo de palestinos possível, isso é um genocídio.

O argumento dele então se contradiz completamente, pois, para o sionismo, na verdade, o Hamas seria o genocida: “Israel responde a um ataque genocida do Hamas. Desde 7 de outubro, Israel busca destruir o Hamas, que massacrou civis israelenses de todas as idades. O objetivo do Hamas é eliminar Israel e os judeus, demonstrando uma clara intenção genocida. Israel está justificada em usar força militar contra o Hamas, conforme o direito internacional, para eliminar essa ameaça. Isso não é genocídio, mas autodefesa legítima”.

Novamente, uma farsa. O Hamas não tem intenção genocida, é um movimento de libertação nacional que quer acabar com a ocupação da Palestina. “Israel” é uma entidade de ocupação, pelo direito internacional não tem direito a autodefesa. O Hamas, por sua vez, tem direito a usar a violência contra ocupantes. O sionismo é tão cínico que inverte completamente a realidade para tentar se defender.

Aqui, o texto já entra na esfera do escárnio: “Israel busca poupar civis palestinos. As práticas humanitárias das Forças de Defesa de Israel (FDI) desmentem a alegação de genocídio. Israel avisa os civis na Faixa de Gaza antes dos ataques e cria corredores humanitários. Além disso, permite a entrada de ajuda humanitária para aliviar o sofrimento dos civis. Desde o início da guerra, quase 600 toneladas de insumos básicos foram enviados para o enclave palestino, incluindo alimentos, água, medicamentos e combustível”.

Assumindo que isso fosse verdade, é humanitário avisar uma criança que ela será bombardeada e depois fazer isso? Foram 15 mil crianças assassinadas, é totalmente desproporcional em comparação a qualquer guerra do mundo. “Israel” possui, na verdade, o exército que mais mata civis no mundo em toda a história. A única comparação em escala é justamente a Alemanha Nazista que, ao invadir a União Soviética, tinha uma política de genocídio. Ou seja, novamente, a realidade foi invertida: “Israel” é o exército que mais mata civis.

Ele segue no mesmo argumento falho de que “Israel” tem o direito de se defender do Hamas e depois comenta: “as alegações de genocídio não se sustentam. Muitos civis morreram e sofreram na Faixa de Gaza, mas as circunstâncias são complexas. O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, não diferencia civis de combatentes, tornando difícil saber quantos ‘inocentes’ morreram. Também não se sabe se os civis morreram devido a ataques israelenses ou ações do Hamas. Recentemente, a própria ONU voltou atrás em relação ao número de mortes de mulheres e crianças divulgado inicialmente, devido à incapacidade de verificá-los de modo independente”.

Primeiro, é mentira que a ONU voltou atrás. Ela simplesmente mudou a forma de contabilizar a quantidade de mortos, mas manteve o mesmo número, em torno de 35 mil mortos e 10 mil desaparecidos. Segundo, mesmo que não se diferenciasse combatentes de não combatentes, o número de mulheres e crianças mortos desmente isso. São 70% do total de mortos, ou seja, é absolutamente certo que “Israel” mata muito mais civis do que combatentes palestinos. O que se soma ao fato de que “Israel” ataca hospitais, escolas, bairros, centros de distribuição de água, centros de distribuição de alimento, acampamentos de refugiados e uma lista enorme de locais onde é certo o assassinato de civis.

Como não podia ser diferente, ele termina falando sobre o Holocausto: “o Estado moderno de Israel foi criado após o Holocausto, quando seis milhões de judeus foram assassinados pelos nazistas. A alegação de que os sobreviventes de um genocídio agora cometem um é poderosa, mas falsa. Pior ainda, acusar Israel de genocídio isenta o grupo terrorista Hamas, que está causando grande sofrimento aos palestinos. A melhor forma de ajudá-los é apoiando a luta contra o Hamas. Apenas assim é que a paz será alcançada”.

É falso também que os sobreviventes do genocídio da Segunda Guerra Mundial criaram “Israel”. O Estado foi criado pelos sionistas que já haviam imigrado para a Palestina e pelo imperialismo inglês num processo de 30 anos. Seria absurdo que em três anos, entre 1945 e 48, se montassem as bases para o Estado sionista. Além disso, a maioria dos judeus da Europa queria imigrar para os EUA, e não para o Oriente Médio. “Israel” não foi criado por vítimas do nazismo, foi criado por banqueiros ingleses, é por isso que o Estado tem a capacidade de atuar de forma nazista.

O Hamas é a organização que luta contra o nazismo israelense. Falar de combater o Hamas em defesa dos palestinos é equivalente a falar em combater o exército vermelho em defesa dos soviéticos quando os nazistas invadiam. Sem contar o fato de que o Hamas é o partido mais popular da Palestina, os próprios ministros de “Israel” admitem que, se houvesse eleições hoje, ele venceria. E quem deve definir quem governa a Palestina são os próprios palestinos, e não os nazistas do século XXI, os sionistas.

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