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Guerra na Palestina

A brilhante estratégia de guerra do Hesbolá contra ‘Israel’

A estratégia definida pelo Hesbolá no dia 8 de outubro se mostra brilhante, "Israel" está totalmente desesperado sem saber como reagir

Em mensagem direcionada a população libanesa e às forças de ocupação israelenses no dia 19 de junho o secretário-geral do Hesbolá, Hassan Nasseralá, demarca às “linhas vermelhas” do grupo, alertando ao Estado sionista os custos de uma operação militar em larga escala no Líbano.

“A ocupação deve esperar por nós em terra, ar e mar, e se a guerra for imposta, a resistência lutará sem pudores, regras e limites, temos um banco completo e real de alvos e a capacidade de atingir todos os alvos, o que abalará os alicerces da entidade” .

De acordo com ele, a resposta será contra qualquer erro de cálculo ou aventura israelense decorrente do conflito que se intensificou em Gaza. O secretário-geral do Hesbolá enfatiza que a resistência não quer nem busca a guerra, mas está pronta para ela caso forças israelenses iniciem uma agressão contra o Líbano.

A ocupação israelense foi avisada

O Hesbolá demonstrou claramente sua capacidade de atingir locais estratégicos do Estado israelense, e também se referiu ao possível lançamento de mísseis pontuais. Como já reportado neste Diário, o Hesbolá vem apoiando militarmente os palestinos desde o dia 08 de outubro, quando intensificou suas operações na fronteira sul do Líbano, com objetivo de dividir as forças israelenses e impedir um massacre ainda mais agudo em Gaza.

No entanto, os objetivos estratégicos do Hesbolá nunca foram (e ainda não são) a escalada da guerra para o Líbano. Ao contrário, interessa ao grupo xiita sangrar “Israel” militar e economicamente, atraindo forças para a fronteira norte, ao passo que obriga os civis israelenses a abandonarem suas casas e empreendimentos (até agora, mais de 200 mil civis israelenses foram evacuados)

As consequências de uma guerra entre Líbano e “Israel”

No dia 24 de junho, no programa número 197 da tradicional “análise internacional”, Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária – PCO, foi sucinto, declarando que uma aventura militar israelense no Líbano poderia significar o fim do Estado sionista.

Além disso, lembrou que uma possível ação isralense em larga escala, significa a necessária mobilização de tropas norte-americanas. O Cmdt. Robinson Farinazzo demonstrou a mesma preocupação, além de alertar que as capacidades do Hesbolá hoje são muito distintas desde a última guerra entre Líbano e “Israel”, suspeitando que a declaração do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netaniahu, de que “chegou ao fim o período mais sangrento das operações militares em Gaza”, pode significar que os israelenses estariam abandonando o teatro de operações contra o Hamas e girando em direção ao Líbano.

O desespero ucraniano - Análise Internacional nº 197 - 24/6/24

De fato a única saída militar para “Israel” em um possível conflito contra o Hesbolá no Líbano, seria uma intervenção norte-americana direta, o que os EUA buscam evitar a todo custo. Com relação ao conflito, o analista militar Charles Abi Nader disse a Al Mayadeen que, com base nas palavras do secretário-geral do Hesbolá, o conflito seguirá até às últimas consequências, com o uso de todas as capacidades e armas e com o objetivo de atingir todos os alvos que essas capacidades possam alcançar.

Ele acrescentou que a resistência responderá a qualquer agressão israelense dentro do Líbano, e isso será legítimo com base na nova “equação” que a resistência apresentou. Abi Nader enfatizou, em especial, os efeitos psicológicos na frente doméstico de “Israel” em um possível conflito. Pois, segundo o analista, a sociedade israelense sempre foi a mais fraca psicologicamente e é a que mais influência as decisões da autoridade política, principalmente quando se trata de colonos imigrantes.

Sobre os vídeos lançados pelo Hesbolá, esclareceu Abi Nader: “em termos do momento, eles foram divulgados como uma resposta direta às ameaças israelenses e para alertar. ‘Se Netanyahu estiver pensando em realizar um ataque ao Líbano, este é o ‘teto’ a partir do qual começaremos [as operações], o teto estabelecido pelo drone Hudhud’”

O Analista militar conjectura que o Hesbolá limitaria seus ataques, ao menos inicialmente, a alvos tão próximos do Líbano quanto 30 quilômetros (limite de voo do drone Hudhud, estrela de um dos dois vídeos mencionadas neste artigo), entre Tiberíades e Haifa, área que contém importantes alvos estratégicos, incluindo bases militares e instalações do complexo militar-industrial Rafael.

De acordo com Abu Nader, a sociedade israelense, que está atolada no pântano de Gaza, não estaria pronta para uma nova guerra, e teme o confronto com o Hesbolá com base nas capacidades de dissuasão do grupo xiita, que se tornaram claras no confronto que ocorre na fronteira libanesa, alvejando bases e concentrações de forças israelenses. As capacidades qualitativas do Hesbolá em drones, mísseis teleguiados e outras plataformas, podem ter permanecido moderadas em sua eficácia com base no fato de que o conflito é restrito para fins de apoio [aos palestinos] e não na forma de um confronto amplo, enfatizou Abu Nader.

Desde o princípio, o Hesbolá busca limitar suas forças ao sul do Líbano e ameaça até 30km “Israel” adentro. Por sua vez, a cúpula política israelense busca esvaziar o conflito em Gaza para concentrar forças no Líbano. Uma vitória decisiva de “Israel” em território libanês é um devaneio, que ameaça a própria existência do Estado sionista. Das sombras, os norte-americanos tentam desativar essa bomba que ameaça os interesses de todo o imperialismo, mas aos seus aliados israelenses, não interessa a paz, querem atrair as forças armadas norte-americanas para mais um conflito no Oriente Médio.

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