Mercedes Sosa, conhecida como “La Negra”, nasceu em San Miguel de Tucumán, Argentina, em 9 de julho de 1935, há exatos 89 anos. Filha de uma lavadeira e de um trabalhador da cana-de-açúcar, Sosa começou sua carreira aos 15 anos, ao vencer um concurso de canto.
Em 1963, ajudou a fundar o Movimento do Novo Cancioneiro, que buscava renovar a música folclórica argentina e latino-americana. O movimento era inspirado nas lutas sociais e políticas, refletindo as esperanças e dores do povo latino-americano. Suas canções, como Gracias a la Vida e Alfonsina y el Mar são muito celebradas do ponto de vista político, da luta pela libertação dos oprimidos.
Durante a ditadura militar na Argentina (1976-1983), Sosa foi perseguida e teve que se exilar na Europa. Mesmo no exílio, ela continuou a cantar e a denunciar as injustiças cometidas em seu país. Em 1982, gravou o álbum Mercedes Sosa en Argentina ao vivo, um marco de seu retorno.
Sosa colaborou com diversos artistas internacionais, como Luciano Pavarotti, Joan Baez, Sting e Caetano Veloso, ampliando seu alcance e influência. Ela recebeu numerosos prêmios, incluindo o Grammy Latino e o Prêmio Konex de Platina.
Reconhecida mundialmente por sua militância política e por sua inestimável contribuição artística, Mercedes Sosa faleceria precocemente em 4 de outubro de 2009.