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Formação Marxista

50ª Universidade de Férias: veja como foi o primeiro dia

Neste dia de curso, Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, destacou a importância de se estudar o fenômeno do imperialismo e de se compreender o que é um monopólio imperialista

Neste domingo, 28 de janeiro de 2024, ocorreu a primeira aula da 50ª Universidade de Férias da Aliança da Juventude Revolucionária.

Em homenagem ao centenário da morte do revolucionário Vladimir Lênin, e levando em conta a profunda crise dos países imperialistas, o tema do curso é a obra Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo.

O curso está sendo ministrado por Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária (PCO), conhecido por suas análises políticas que realiza semanalmente, tanto sobre a situação política nacional, quanto internacional.

Rui Pimenta iniciou a primeira aula apontando a importância de se fazer este curso tendo como tema o imperialismo.  Nesse sentido, deu início ao curso com a leitura de um trecho do prefácio da obra objeto do debate, prefácio este escrito pelo próprio Lênin, em que diz especificamente que o problema da essência econômica do imperialismo é “um problema econômico fundamental, sem cujo estudo é impossível compreender seja o que for e formar um juízo sobre a guerra e a política atuais”.

Nisto, Pimenta frisou que a primeira exposição é fundamental para entender o imperialismo

Segundo o dirigente do PCO, a base da compreensão da luta política, dos acontecimentos políticos é a economia. Sem a compreensão da economia, não é possível compreender a luta de classes. Assim ensina o marxismo, explicou Rui, acrescentando que o imperialismo é um fenômeno econômico em primeiro lugar, sendo seus aspectos políticos consequências de sua natureza econômica.

O dirigente partidário fez questão de destacar que não é um curso destacando estatísticas. É um curso analisando o livro de Lênin, para fornecer uma base teórica científica para entender o fenômeno do imperialismo. Afinal, a obra “é um texto que guarda toda sua atualidade”. Ele só está ultrapassado nos dados econômicos que cita, mas, com dados atuais, chegar-se-ia às mesmas conclusões que Lênin.

“O que Lênin falou é a última palavra, definitiva, sobre a questão do imperialismo”, afirmou Pimenta.

O presidente do PCO disse também que sem compreender a questão do imperialismo, não é possível entender o funcionamento dos bancos atualmente, do sistema financeiro internacional, dos estados imperialistas.

Por esta razão, o curso é voltado a expor os conceitos fundamentais do imperialismo.

E um destes conceitos é o de monopólio. Para se entender o problema do imperialismo, foi destacado que é preciso compreender o que são os monopólios, do ponto de vista marxista.

Sem compreender estes conceitos essenciais, não é possível saber qual país é imperialista e qual não é. Nesse sentido, Pimenta também apontou a necessidade de diferenciar entre as empresas monopolistas que existem em países oprimidos (Gazprom, Correios, Petrobrás, JBS, o cartel da OPEP etc.) e os monopólios imperialistas. É fundamental diferenciar isto para saber que país é imperialista e qual não é.

Segundo Rui, os monopólios resultam do enorme crescimento da economia capitalista. À medida que ela se desenvolve, tende a concentrar riquezas. Ou seja, um resultado do desenvolvimento do capitalismo de livre concorrência.

Contudo, é, ao mesmo tempo a negação do capitalismo de livre concorrência.

E o surgimento do capitalismo monopolista marca uma nova fase do capitalismo, que é a sua fase de decadência. Segundo Rui Pimenta, o capitalismo da fase dos monopólios é um capitalismo mutilado, justamente por negar a concorrência.

Nesta primeira aula, um aspecto interessante sobre isso foi exposto: que os monopólios são um fenômeno da sociedade socialista, que começa a surgir de dentro da sociedade capitalista. Por esta razão é que a época do imperialismo é considera por Lênin uma fase de transição.

Nesse sentido, Rui Pimenta explicou que a centralização da produção é uma forma mais racional da produção, pois reduz a anarquia capitalista. Tem inúmeras vantagens em relação à produção em empresas dispersas. O socialismo opõe ao livre mercado (anarquia econômica) o plano econômico. E o monopólio é a forma mais adequada para a planificação econômica. Contudo, é algo relativo no capitalismo, pois os lucros ainda vão parar nas mãos de uma parcela ínfima de capitalistas.

Para além disto, o presidente do PCO também explicou uma questão de suma importância, que gera bastante dúvidas, que é a questão dos oligopólios. Sobre isto, Rui Pimenta apontou que o fundamental do monopólio no sentido do imperialismo é que uma ou poucas empresas dominam determinado ramo da economia. A questão é que não há concorrência. Há o controle do sobre o mercado pelos capitalistas.

“Quando há poucas empresas, elas se entendem para controlar o mercado”. A essência do problema está em que os capitalistas controlem o mercado, a atividade econômica. É esse controle que caracteriza o monopólio.

Estes e outros temas foram abordados nesta primeira aula do curso Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo – Conceitos Fundamentais, da 50ª Universidade de Férias, promovido pela AJR e pelo PCO.

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