Em 5 de dezembro de 1977 o Egito rompeu relações diplomáticas com cinco críticos árabes com governos mais nacionalistas, Síria, Iraque, Líbia, Argélia e Iêmen do Sul. A ação foi uma resposta aos esforços desses países, durante a conferência em Trípoli, para impedir o presidente egípcio Anuar el-Sadat de seguir com negociações com “Israel”. O acordo entre Egito e “Israel” em 1978 foi uma gigantesca traição do Egito aos árabes.
O governo egípcio cortou simultaneamente os laços com todos os cinco governos e deu 24 horas para que seus diplomatas deixassem o país. Os diplomatas egípcios nos países envolvidos também foram convocados de volta imediatamente.
A conferência de Trípoli foi convocada pela Líbia para reunir os opositores das novas políticas de submissão ao sionismo de Sadat. Durante a conferência, Síria, Argélia, Iêmen do Sul e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) juntaram-se à Líbia para pedir o “congelamento das relações políticas e diplomáticas” com o Egito, enquanto o Iraque de Sadam Hussein abandonou o encontro, alegando que a posição adotada não era suficientemente radical.
Sadat foi acusado corretamente de trair a causa árabe, mas ignorou as críticas e propôs um encontro no Cairo para discutir um caminho rumo a uma nova conferência de paz formal em Genebra.
A decisão egípcia de romper relações representou uma das divisões políticas mais sérias no mundo árabe até aquele momento. Os sionistas conseguiram uma vitória gigantesca com esse acordo. Até hoje o Egito, que faz fronteira com Gaza, não se coloca a favor dos palestinos. Isso foi possível pois o nacionalismo árabe foi derrotado na guerra de 1967 e posteriormente com a morte de sua principal liderança, o presidente egípcio Nasser.