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Dia de Hoje na História

4/12/1969: FBI assassina o revolucionário Fred Hampton

Hampton era um jovem dirigente do Partido dos Panteras Negras, o governo dos EUA temia que ele se tornasse o líder do movimento negro no país, por isso o assassinaram

Fred Hampton foi um militante e dirigente do Partido dos Panteras Negras, um partido revolucionário dos negros dos EUA. Ele nasceu em 30 de agosto de 1948, em Summit, Illinois, e rapidamente despontou como um orador habilidoso e dirigente político, conquistando respeito dentro e fora do movimento.

Hampton se destacou como presidente da seção de Illinois dos Panteras Negras e era conhecido por seu trabalho na construção de alianças entre grupos diversos, como o Young Lords (uma organização de porto-riquenhos), os Young Patriots (operários brancos) e outras organizações no que ficou conhecido como a “Rainbow Coalition”. Ele também liderava programas comunitários, como a distribuição de alimentos e clínicas médicas gratuitas.

Na madrugada de 4 de dezembro de 1969, Fred Hampton foi assassinado em um ataque da polícia de Chicago, realizado em conjunto com o FBI, como parte da operação da CIA COINTELPRO, que tinha como objetivo desestabilizar e destruir movimentos revolucionários.

A operação começou com uma infiltração: um informante do FBI, William O’Neal, se infiltrou no grupo e forneceu informações detalhadas sobre as atividades de Hampton, incluindo um mapa da planta do apartamento onde ele vivia. Essas informações foram fundamentais para o planejamento da incursão policial.

Naquela noite, Hampton estava em seu apartamento, junto com sua noiva Deborah Johnson, que estava grávida de seu filho, e outros membros dos Panteras Negras. Por volta das 4h da manhã, uma equipe policial invadiu o local. Testemunhas relataram que a invasão começou com tiros. Mais de 90 disparos foram feitos pela polícia, enquanto os Panteras aparentemente dispararam apenas uma vez, possivelmente de forma acidental.

Fred Hampton foi alvejado enquanto dormia, após ter sido sedado por barbitúricos colocados em sua bebida na noite anterior, provavelmente pelo informante William O’Neal. Segundo testemunhas, após os primeiros disparos, a polícia entrou no quarto e deu dois tiros fatais à queima-roupa. Ele tinha 21 anos. Outra vítima do ataque foi Mark Clark, outro membro dos Panteras Negras, que morreu durante os primeiros disparos.

Hampton se tornou mais um dos mártires da luta do movimento negro dos EUA. Foi assassinado assim como Martin Luther King e Malcom X. Todos os assassinatos tiveram envolvimento do governo, mas o de Hampton foi mais escancarado.

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