Nesta quinta-feira (4), completa 20 anos do triunfo golpista do imperialismo na Geórgia, pequeno país da Europa Oriental, quando Mikhail Saakashvili foi eleito presidente na esteira do movimento que ficou conhecido como Revolução Rosa.
Saakashvili assumiu em 2004 no lugar de Eduard Shevardnadze, este último que, depois da dissolução da União Soviética, esteve a frente do governo da Geórgia desde 1992, sendo eleito em 1995 e onde ficou até 2004.
O golpe começou a se desenvolver em 2003, quando Saakashvili liderou a suposta “revolução”, que tinha um único objetivo: aproximar o país do imperialismo. Conforme declaração do próprio presidente na época, o país queria desempenhar papel central no bloco capitalista, com o ingresso na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). “Para os ocidentais, somos um parceiro em potencial, não um paizinho que pede a proteção deles”, declarou Sakaachvili em sua justificativa.
Em sua chegada ao governo, privatizou a educação e a saúde e reduziu os direitos trabalhistas. Tudo seguindo a cartilha do neoliberalismo. Outros fatores que se seguiram foi a alta taxa de desemprego e o crescimento da desigualdade.
Para se ter uma ideia, conforme descreve o jornalista, mesmo com o aumento de 9% no Produto Interno Bruto (PIB), a porcentagem de pobres cresceu de 35,7%, em 2004, a 40% em 2006. Já o índice de desemprego subiu de 12,7%, em 2004, para 13,8%, em 2005.
Outro ponto que vale mencionar é o caráter ultra repressivo do governo de Saakashvili. O presidente foi reeleito em 2008 com 53% dos votos, números bem abaixo dos obtidos quatro anos antes. Neste ano, ele tentou recuperar a Ossétia do Sul, outro território separatista, o que se tornou um desastre. A Geórgia foi então derrotada na Guerra de cinco dias contra a Rússia, que interveio para defender a república atacada pelo imperialismo.
Seu estilo autoritário e sua desastrosa guerra com a Rússia forma acachapantes para a perda de sua popularidade. Ele foi impedido de participar das eleições em 2013 e fugiu do país logo na sequência. O ex-presidente seguiu na política e teve importante papel na Ucrânia, onde desempenhou o papel de governador de Odessa, no sul da Ucrânia. O imperialismo continua a flanquear a região com tentativas de golpes até a atualidade.