Em meio aos conflitos ocorridos na Segunda Intifada, os sionistas desencadearam um ataque ao povo palestino que denominaram de “Operação Escudo Defensivo” com o qual pretendiam expurgar a organização da resistência palestina.
Foi o maior ataque desencadeado pelas forças de ocupação sionista desde a invasão da Cisjordânia durante a Guerra Árabe-Israelense de 1967.
A invasão, ordenada pelo então primeiro-ministro de “Israel”, Ariel Sharom, utilizou escavadeiras blindadas para abrir caminho até os acampamentos de refugiados palestinos, uso de helicópteros AH 1- Cobra, mísseis e tanques de guerra.
Segundo comunicado do parlamento israelense, os objetivos da operação seriam:
“Capturar e prender terroristas e, principalmente, os seus despachantes e aqueles que os financiam e apoiam; confiscar armas destinadas a serem utilizadas contra cidadãos israelitas; expor e destruir instalações e explosivos, laboratórios, fábricas de produção de armas e instalações secretas. As ordens são claras: atacar e paralisar qualquer pessoa que pegue em armas e tente opor-se às nossas tropas, resistir-lhes ou colocá-las em perigo – e evitar ferir a população civil.”
A partir do desencadeamento dessa operação, foram realizadas incursões sucessivas nas seis maiores cidades da Cisjordânia, dentre elas, Jenin, Nablus, Belém e Ramalá, resultando em sucessivos massacres.
A primeira ofensiva foi na cidade de Ramalá, onde o então presidente da Autoridade Nacional Palestina Iasser Arafat foi colocado sobre um cerco dentro do complexo presidencial.
Dentre os episódios mais sangrentos estão os massacres na cidade de Jenin e Nablus, onde a resistência palestina, apesar do grande aparato militar do exército sionista, estava decidida a lutar contra os israelenses até a morte, provocando sucessivas baixas de soldados sionistas.
Segundo informações de organizações internacionais, as forças israelenses cometeram assassinatos de forma indiscriminada, usaram palestinos de escudos humanos, além de prisões arbitrárias e tortura.
A maior parte da incursão israelenses nas cidades da Cisjordânia aconteceu em áreas densamente povoadas pela população civil, o que contradiz plenamente o objetivo declarado da operação que seria combater a resistência militar palestina, semelhante ao que acontece hoje, quando, incapazes de combater a resistência armada dos palestinos, os sionistas se voltam contra a população desarmada na tentativa de afogar em sangue a verdadeira revolução palestina em curso.