Este Diário já noticiou e relatou em diversos artigos o tamanho da sede por sangue que o ditador do Estado de “Israel” Ariel Sharon sentia. O ex-primeiro-ministro e ministro da defesa do Estado sionista protagonizou diversas das piores barbáries cometidas pelos israelenses e o máximo que a ONU chegou a fazer foi uma nota de repúdio.
Em 1955, as forças de ocupação de “Israel” lançaram a operação Flecha Negra contra Gaza, ocupada à época pelo exército egípcio para garantir uma unidade árabe contra o inimigo sionista. Essa operação, ordenada por Sharon, deixou dezenas de egípcios mortos – sendo considerada uma humilhação para os egípcios por bastante tempo.
A brutalidade da operação e a sede por tomar territórios palestinos era tão grande que a ONU chegou a aprovar em seu conselho, por unanimidade, uma resolução condenando a operação – e nada mais.
A hipocrisia da entidade de governança mundial é tamanha que mesmo após considerar absurda a operação sionista, nada fizeram contra “Israel” e suas façanhas em solo palestino, seja na época, seja nos 70 anos posteriores, demonstrando ser apenas uma extensão do poder político do imperialismo.
A operação liderada por Sharon, então comandante de uma brigada de paraquedistas, ocorreu com mais de 150 soldados invadindo uma base egípcia em Gaza, abrindo fogo deliberadamente à noite contra os egípcios que lá estavam e chegando a realizar uma emboscada contra um comboio de socorro do Egito. Além dos 38 mortos, mais 31 egípcios foram feridos.
É válido lembrar que Ariel Sharon, coordenador da operação Flecha Negra, apenas não pode ser considerado um Diabo, pois nem mesmo ele, independentemente da religião consultada, terá feito tanto mal. Apesar do assassinato de tantos, tendo milhões de vidas ceifadas sob as suas costas, a única questão que manchou brevemente sua reputação foi o massacre de Sabra e Chátila, onde ele foi “punido”, se assim pode ser dito, com a remoção do cargo de Ministro da Defesa. O que de nada adiantou, porque apesar de não mais ocupar aquele cargo, veio a ser parlamentar, conselheiro e, posteriormente, primeiro-ministro.
Ele começou sua vida filiado à milícia Haganá, também já mencionada por este Diário em dezenas de artigos como o grupo verdadeiramente fascista que o era. Daí em diante, continuou com cargos parlamentares na década de 70, tendo sido reeleito em 77 para o Knesset (parlamento de “Israel”). Em 1982, já como parlamentar e general, Sharon liderou o massacre de Sabra e Chatila, no Líbano, onde dezenas de famílias palestinas inocentes em um campo de refugiados tiveram suas vidas ceifadas. Isto, no entanto, não lhe deu a alcunha de ditador, sanguinário ou terrorista, mas de um líder que, apesar de controverso, obteve diversas glórias militares e era um defensor ferrenho dos interesses de “Israel” – um país artificial, fictício, nazista e que precisa acabar.