No dia 27 de março de 1989 faleceu Claudio Santoro. Ele foi um importante maestro, compositor e violinista brasileiro. Ele nasceu em Manaus, no dia 23 de novembro de 1919 e teve sua carreira musical abrangendo diversas facetas da arte, destacando-se tanto no cenário nacional quanto internacional.
Nascido em uma família de músicos, Santoro começou seus estudos musicais muito cedo. Aos nove anos, já dominava o violino, e aos doze, iniciou sua formação em composição e regência. Mais tarde, estudou no Conservatório de Música do Rio de Janeiro e também na Universidade de Florença, na Itália, aprimorando suas habilidades musicais.
Ao longo de sua vida, Claudio Santoro compôs uma vasta obra que abrange sinfonias, concertos, música de câmara, óperas, além de obras para piano e violão. Sua música é reconhecida pela complexidade harmônica, intensidade emocional e influências variadas, que vão desde o folclore brasileiro até a vanguarda contemporânea.
Além de sua contribuição como compositor, Santoro se destacou como maestro, regendo diversas orquestras no Brasil e no exterior. Ele foi diretor artístico de importantes instituições musicais, como o Teatro Nacional de Brasília e a Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Ele foi membro do Partido Comunista Brasileiro (PCB) por algum tempo, e seu nome é citado em documentos da ditadura como alguém ligados à resistência cultural. Sua música também foi alvo de censura e perseguição durante esse período.
Claudio Santoro foi professor fundador do Departamento de Música da Universidade de Brasília. Em 1979 fundou a Orquestra do Teatro Nacional de Brasília, atualmente Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, da qual foi regente titular até sua morte em março de 1989.
Ele faleceu aos 69 anos como resultado de um infarto no miocárdio. Sua dedicação à música e seu legado artístico continuam a inspirar músicos e apreciadores da música clássica em todo o mundo.