No dia 27 de fevereiro de 1986, foi lançado o Plano Cruzado, um conjunto de medidas que tentavam estancar uma severa crise econômica que atingiu o Brasil na década de 1980.
A burguesia brasileira tinha grandes dificuldades em conter a crise econômica que vinha desde os tempos da ditadura, tendo início em 1974. As medidas impostas não surtiram efeito, massacrando a vida da classe operária, principalmente com o problema da inflação.
O principal ponto de ação do Plano Cruzado foi o congelamento de preços. Preços de combustíveis, alimentos, serviços etc. foram congelados numa tentativa desesperada de conter a inflação. Além disso, o Cruzeiro foi substituído pelo Cruzado como moeda nacional.
As medidas tiveram um efeito positivo de imediato, com a inflação tendo uma forte queda. Contudo, logo se mostraram frágeis, com a crise voltando a acentuar.
O nome “Plano Cruzado” foi escolhido em homenagem ao ex-presidente Juscelino Kubitschek, cujo apelido era “JK” (Jota-Cruzado). No início, o Plano Cruzado apresentou resultados positivos. A inflação caiu consideravelmente, e a população brasileira sentiu um alívio momentâneo nos preços. No entanto, os efeitos foram temporários, e o plano acabou enfrentando sérios problemas.
O congelamento de preços e salários gerou distorções na economia, desestimulando a produção e causando escassez de produtos. Com o tempo, a inflação voltou a subir, e o governo teve que lançar novos planos econômicos para tentar controlar a situação.
Em meio a super inflação era necessária uma política em defesa dos trabalhadores e não apenas uma manobra monetária. Apenas a industrialização do país, aumenta a riqueza e os empregos, poderia de fato combater a crise econômica. Ela, na verdade, até hoje não foi superada.