No dia 25 de setembro, militares nacionalistas derrubaram a monarquia do Iêmen. No dia seguinte os primeiros confrontos armados seriam o princípio de uma guerra de libertação nacional.
Ocorrida entre 1962 até 1970, a guerra que resultou foi travada entre os partidários do Reino Mutaailite, a monarquia iêmenita e os apoiadores da República Arábe do Iêmen, ou, os republicanos.
A guerra civil teve início com o golpe de estado dos revolucionários republicanos liderados pelo exército comandado pelo oficial Abdulah as-Sallal.
Sallal destronou o recém-empossado Rei Muhammad al-Badr, declarando o Iêmen uma república.
A República do Iêmen, cuja presidência coube ao próprio Abdullah teve como sua primeira tarefa declarar a abolição da escravidão no Iêmen do norte.
O rei destronado, Muhammad, então foge para a fronteira da Arábia Saudita e reúne o apoio popular de tribos locais, em particular o califado xiita de Zaidi, para retomar o poder conflagrando assim uma guerra civil que rapidamente escalou para um conflito de grandes proporções.
Com a escalada da guerra civil no Iêmen do norte, no cenário internacional os países alinhados com o imperialismo tais como a Jordânia, Arábia Saudita e “Israel” rapidamente se alinham ao lado da monarquia iemenita e fornecem a Muhammad ajuda militar assim como a Grã-Bretanha também oferece todo o seu apoio ao monarca.
Já ao lado dos republicanos colocam-se o Egito e a União Soviética.
O presidente egípcio Gamal Abdel Nasser envia aos republicanos cerca de 70 000 tropas e armas egípcias. Os republicanos também receberam, por parte da União Soviética, aviões de guerra.
Depois de tentativas de realizar tratados e conferências de paz, a guerra entra em um impasse em meados de 1960.
Com o Egito envolvido na “Guerra dos Seis Dias” contra “Israel”, em junho de 1967, Nasser
começa a recuar do seu apoio ao Iêmen, devido às dificuldades de atuar nas duas frentes.
Em 5 de novembro de 1967, Sallal é removido do poder na capital iemenita por divergentes republicanos e em seu lugar assume Abdul Rahman Iriani Ahmed Noman e Mohamed Ali Uthman, os quais, entretanto fugiram do país devido ao cerco da capital pelos monarquistas.
Deixada sob o controle do Primeiro-Ministro Hassan al Amri, a capital foi cercada pelos monarquistas.
Os confrontos continuaram em paralelo com as negociações de paz até 1970, quando a República foi reconhecida pela Arábia Saudita e o cessar-fogo foi estabelecido.