T.S. Eliot (Thomas Stearns Eliot) foi um dos poetas, dramaturgos e críticos literários mais importantes do século XX. Nascido em 26 de setembro de 1888, em St. Louis, Missouri, Estados Unidos, Eliot é amplamente reconhecido por sua profunda influência na poesia moderna e no desenvolvimento da crítica literária.
Eliot nasceu em uma família distinta e culta de origem inglesa. Seu avô havia fundado a Universidade de Washington em St. Louis, e sua família nutria grande apreço pela educação e cultura. Desde cedo, ele se interessou pela literatura, estudando na Universidade de Harvard, onde se graduou em 1909. Em Harvard, Eliot foi fortemente influenciado pelos estudos de filosofia e literatura inglesa.
Em 1910, ele passou um ano em Paris, onde estudou filosofia na Sorbonne. Suas experiências em Paris e sua exposição a escritores como Charles Baudelaire e os simbolistas franceses impactaram profundamente seu estilo poético. Posteriormente, voltou a Harvard para continuar seus estudos, mas em 1914, mudou-se definitivamente para a Europa, vivendo primeiro na Alemanha e depois na Inglaterra.
Em 1915, T.S. Eliot publicou seu primeiro poema importante, “The Love Song of J. Alfred Prufrock”, que foi um marco na poesia modernista. A obra, caracterizada por seu uso inovador de monólogos interiores e referências culturais e literárias complexas, marcou o início da poesia modernista e desafiou as convenções da poesia romântica da época.
“The Waste Land” (1922) é considerada a sua obra-prima e um dos poemas mais importantes do século XX. O poema reflete o caos e a desilusão do período pós-Primeira Guerra Mundial, usando uma vasta gama de alusões literárias, históricas e culturais. A estrutura fragmentada do poema e suas múltiplas vozes e narrativas trouxeram uma nova forma de se pensar a poesia.
Eliot também escreveu peças de teatro. Sua peça mais famosa, “Murder in the Cathedral” (1935), retrata o martírio de Thomas Becket, arcebispo de Cantuária. Outro sucesso foi “The Cocktail Party” (1949), que ganhou o Tony Award de Melhor Peça.
Em 1927, Eliot converteu-se ao anglicanismo e tornou-se cidadão britânico, o que influenciou profundamente sua vida pessoal e obra literária. Ele passou a escrever obras mais voltadas para questões espirituais e religiosas. “Four Quartets” (1943), sua última grande obra poética, é uma meditação sobre o tempo, a espiritualidade e a redenção, e consolidou sua reputação como um dos grandes poetas religiosos da língua inglesa.
Além de sua produção poética e teatral, T.S. Eliot foi um crítico literário prolífico e influente. Seus ensaios ajudaram a redefinir o campo da crítica literária moderna. Em particular, sua defesa de poetas metafísicos como John Donne e a ênfase no conceito de “objetividade emocional” influenciaram gerações de críticos e escritores.
Eliot foi amplamente reconhecido por suas contribuições à literatura. Em 1948, ele recebeu o Prêmio Nobel de Literatura, “por sua notável e pioneira contribuição à poesia moderna.” Sua influência no modernismo e na literatura como um todo continua a ser sentida até hoje.
T.S. Eliot faleceu em 4 de janeiro de 1965, em Londres, aos 76 anos. Seu legado literário permanece significativo, com muitos de seus poemas, ensaios e peças sendo estudados e admirados em todo o mundo. Ele é lembrado como um dos maiores inovadores da poesia moderna, cujas obras continuam a inspirar e desafiar leitores e escritores.