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Dia de Hoje na História

25/10/1983: EUA invadem Ilha de Granada para derrubar o governo

A pequena ilha caribenha resistiu bravamente contra a invasão de 7 mil tropas dos EUA e mais algumas tropas caribenhas 

A invasão de Granada em 1983, também conhecida como Operação Fúria Urgente (Operation Urgent Fury), foi uma intervenção militar liderada pelos Estados Unidos que começou no dia 25 de outubro. A pequena ilha caribenha, havia conquistado sua independência do Reino Unido em 1974. Em 1979, o movimento Nova Joia, liderado por Maurice Bishop, tomou o poder e começou um governo autoproclamado marxista-leninista.

Bishop buscou fortalecer laços com Cuba, que fornecia apoio militar e econômico, e com a União Soviética. O imperialismo temia que a revolução se espalhasse pelo Caribe. Na América Central, tanto Nicarágua quanto El Salvador estavam em conjunturas revolucionárias.

A invasão começou com um golpe. Uma ala pró-imperialista do movimento Nova Joia, liderada pelo vice primeiro-ministro Bernard Coard, depôs Bishop e o colocou em prisão domiciliar. Quando partidários de Bishop tentaram restaurá-lo ao poder, ele foi capturado novamente e executado junto com vários outros líderes. O novo governo militar, o Conselho Militar Revolucionário, declarou a lei marcial, aumentando o clima de instabilidade. O presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, então decidiu intervir.

Em 25 de outubro de 1983, aproximadamente 7.000 soldados norte-americanos, juntamente com tropas de várias nações caribenhas, iniciaram a invasão. As forças dos EUA enfrentaram resistência de cerca de 1.500 soldados granadinos e 700 engenheiros cubanos que trabalhavam na ilha. Os combates ocorreram principalmente ao redor da capital, St. George’s, do aeroporto internacional de Point Salines, que estava sendo ampliado com ajuda cubana.

A operação, no entanto, não foi tão simples quanto o governo dos EUA esperava. As forças norte-americanas enfrentaram dificuldades táticas, incluindo problemas de coordenação entre as diferentes unidades militares e resistência inesperada por parte dos defensores. A inteligência inicial subestimou a resistência cubana, e houve falhas na comunicação que resultaram em atrasos e em erros estratégicos. Alguns helicópteros foram derrubados, e as forças americanas sofreram baixas, incluindo 19 mortos e cerca de 100 feridos. Apesar das dificuldades, a invasão foi bem-sucedida em pouco tempo, e em menos de uma semana, o governo militar granadino foi derrotado.

Essa foi a grande operação militar de sucesso dos EUA na década de 1980. O país estava totalmente desmoralizado após a derrota no Vietnã e só operava por forças de procuração, como os contras na Nicarágua ou o Iraque, contra o Irã.

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