L’Orfeo é uma ópera barroca composta por Claudio Monteverdi, estreada em 24 de fevereiro de 1607, há 417 anos. É frequentemente considerada uma das primeiras óperas da história, contribuindo significativamente para o desenvolvimento do gênero operístico. A obra é baseada na mitologia grega, contando a história de Orfeu, um músico talentoso que desce ao submundo para tentar trazer sua amada Eurídice de volta à vida após sua morte trágica.
Monteverdi compôs L’Orfeo durante o período em que estava servindo como mestre de capela na corte de Mântua. A ópera foi originalmente apresentada no Palácio Ducal de Mântua em 1607, como parte das celebrações de carnaval da corte. A recepção inicial foi extremamente positiva, e a ópera logo ganhou fama e foi encenada em várias outras cidades italianas.
A música de L’Orfeo é marcada pela combinação de estilos renascentistas e barrocos, refletindo as influências musicais da época. Monteverdi utilizou uma variedade de formas musicais, incluindo recitativos, árias, coros e danças para retratar os diferentes aspectos da narrativa. Sua habilidade em caracterizar as personagens e expressar suas emoções através da música é uma das características mais notáveis da obra.
A ópera é geralmente dividida em prólogo e cinco atos. O prólogo apresenta a figura da Música, que invoca as musas para inspirar a narrativa que se segue. Os atos seguintes retratam a jornada de Orfeu ao submundo, seu encontro com Caronte, o guardião do rio Estige, e sua tentativa de convencer Plutão e Perséfone a permitir que Eurídice retorne à vida. No entanto, sua falta de fé no poder do amor leva à tragédia final.
L’Orfeo é uma obra-prima do repertório operístico e continua sendo amplamente encenada e apreciada até hoje. Sua influência na história da ópera é inegável, estabelecendo muitos dos elementos fundamentais do gênero que seriam desenvolvidos por compositores posteriores.