Os Processos de Moscou foram uma série de processos dirigidos contra os “trotskistas” e membros da “Oposição de Direita” do Partido Comunista da União Soviética. Joseph Stálin foi o grande mentor desta farsa que condenou à morte e ao exílio dezenas de revolucionários sob acusações de se organizarem de forma contrarrevolucionária e conspirar com os países capitalistas para assassinar Stálin e dividir a União Soviética.
Os julgamentos-shows, um dos nomes dados ao fato, perseguiram e sentenciaram membros de alto escalão do partido, como Zinoviev e Kamenev.
Aconteceram três “julgamentos”, sendo o primeiro no Caso do Centro Terrorista Trotskista-Zinovievista (Julgamento de Zinoviev-Kamenev ou “Julgamento dos Dezesseis”; 1936); o segundo no Caso do Centro Trotskista Anti-Soviético (Julgamento de Pyatakov-Radek; 1937); e o terceiro no Caso do Bloco de Direitistas e Trotskistas anti-soviético (Julgamento de Bukharin-Rykov ou “Julgamento dos Vinte e Um”; 1938).
Esses processos ficaram famosos pelas “confissões” arrancadas dos acusados sob tortura, coerção e chantagem, bem como pela falsificação dos fatos em torno de Kamenev e Zinoviev, sobre o caso de Kirov, em um “complô contrarrevolucionário”, organizado por uma outra figura, Nikolaevich, que teria se unido a figuras do Exército Branco.
Sob estes métodos, a maioria dos acusados “confessou” conspirar contra a Revolução de Outubro.
O revolucionário Leon Trótski, que, quando na Rússia, liderou a oposição contra Stálin, foi uma das primeiras vítimas do ditador, sendo exilado em 1929 por enfrentar Stálin e denunciar a verdadeira ditadura que o “grande líder” instaurava na União Soviética. Como se sabe, Trótski foi morto em agosto de 1940 a mando de Stálin. Antes disso, centenas de revolucionários foram mortos sem julgamento.