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Dia de Hoje na História

21/2/1848: 90 anos da execução do revolucionário Augusto Sandino

Traído pelos liberais reformistas, Sandino travou luta abnegada contra o domínio do imperialismo norte-americano sobre a Nicarágua

Em 21 de fevereiro de 1934, em uma traição perpetrada por Anastácio Somoza, ditador a soldo dos americanos, foi assassinado aquele que se tornou símbolo das lutas revolucionárias de cunho popular da America Latina: Augusto Sandino.

Seu movimento guerrilheiro inspirou posteriormente a formação FSLN, partido que, liderado por Daniel Ortega, décadas mais tarde derrubou a ditadura da família Somoza.

Sandino, registrado com o nome de Augusto Nicolas Calderón Sandino, nasceu na vila de Niquinohomo (departamento de Masaya), Nicarágua, América Central. Seu pai era Gregorio Sandino, cafeicultor, e sua mãe Margarita Calderón, uma das empregadas nas plantações de seu pai.

Mudou-se em 1921 para Honduras e em 1923 para o México, onde trabalhou numa refinaria da Standard Oil (Esso), retornando para Nicarágua em 1925.

Pouco após seu retorno, iniciou-se a Guerra Constitucionalista, quando soldados liberais no porto caribenho de Puerto Cabezas se revoltaram contra o governo do presidente conservador Adolfo Díaz, que havia sido empossado recentemente sob pressões dos Estados Unidos, seguidas de um golpe.

Criando um exército composto em grande parte por mineradores, Sandino liderou um ataque frustrado à guarnição Conservadora mais próxima à mina de San Albino.

Após isto, viajou até Puerto Cabezas para se encontrar com Moncada. O requerimento de armas e de uma comissão militar feita pelo desconhecido Sandino foi negado por Moncada; entretanto, após a captura de armas de soldados conservadores em fuga, os outros comandantes liberais acordaram em garantir a ele uma comissão.

Liberais e conservadores resolveram acordar a paz com a qual Sandino não concordava.

No início de julho editou um manifesto no qual condenava a traição da revolução liberal e declarava guerra aos Estados Unidos, que descrevia como o “colosso do norte” e “o inimigo de nossa raça”.

Ao enviar sua declaração de guerra contra os Estados Unidos para toda a “raça indo-hispânica”, Sandino viu sua luta como a defesa não apenas da Nicarágua, mas de toda a América Latina.

Mas, por fim, ele foi enganado e traído, e executado em Manágua, no dia 21 de fevereiro de 1934 pela Guarda Nacional, sob o comando de Anastasio Somoza García. No dia seguinte, os soldados da Guarda se deslocaram até as cooperativas e massacraram seus habitantes.

Dois anos depois, Somoza García forçou Sacasa a renunciar e declarou-se presidente, estabelecendo uma dinastia que dominaria a Nicarágua durante as quatro décadas seguintes.

Em 1979, seu filho, Anastásio Somoza Debayle, foi derrubado pela Frente Sandinista de Libertação Nacional, um grupo revolucionário de orientação marxista, cujo nome foi uma homenagem a Sandino, e que foi fundado originalmente em 1961 por Carlos Fonseca e Tomás Borge, entre outros, sendo mais tarde sendo liderada por Daniel Ortega, atual presidente da Nicarágua.

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