No dia 2 de outubro de 2015, forças de segurança da Autoridade Palestina (AP) reprimiram violentamente uma manifestação na cidade de Tulcarém, na Cisjordânia, organizada em solidariedade à Mesquita de Al-Aqsa. Segundo o Monitor do Oriente Médio, o protesto começou após as orações de sexta-feira na Mesquita Othman Bin Affan, quando manifestantes marcharam carregando bandeiras e cartazes em defesa do local sagrado, entoando palavras de ordem como “Allahu Akbar”. A manifestação, entretanto, foi interrompida pela intervenção de agentes da AP, que dispersaram os participantes com violência, resultando em 18 prisões e pelo menos 10 feridos.
Entre os relatos, testemunhas afirmam que agentes disfarçados tentaram confiscar materiais da manifestação, provocando resistência. Um dos manifestantes teve a perna quebrada durante a repressão. Este episódio reflete a crescente tensão em torno de Al-Aqsa, marcada não apenas pela ocupação israelense, mas também pela postura da AP, frequentemente acusada de colaborar com “Israel” para conter a mobilização popular.
Os protestos de outubro de 2015 foram uma resposta direta às ações de “Israel” no complexo de Al-Aqsa, que intensificaram-se desde setembro daquele ano. De acordo com a Al Jazeera, forças israelenses realizaram sucessivas incursões no local, alegando apoio a visitas de ativistas judeus ao pátio da mesquita. Essas ações culminaram em confrontos que deixaram dezenas de palestinos feridos, incluindo 36 em apenas um dia.
Os palestinos resistiram à presença israelense erguendo barricadas e utilizando pedras e fogos de artifício para impedir o fechamento das entradas da mesquita. Durante os ataques, as forças israelenses dispararam balas de borracha e lançaram bombas de gás lacrimogêneo dentro do local, causando danos ao patrimônio.
A incursão foi amplamente interpretada como parte de uma estratégia de divisão do complexo de Al-Aqsa, reservando horários específicos para visitas judaicas. Líderes locais, como Mohammed Deif, alertaram que essas ações visam criar precedentes para a eventual demolição da mesquita e a construção de um templo judeu no local.