Em 2 de fevereiro de 1943, após cinco meses de resistência popular sem paralelos na história, e um saldo de mortos de mais de um milhão de soviéticos pelas mãos do imperialismo alemão, materializado no nazismo, o povo soviético e os soldados do Exército Vermelho, carregando o legado de seu fundador, o revolucionário Leon Trótski, derrotaram o nazismo na Batalha de Stalingrado.
A ofensiva alemã contra a cidade à beira do Rio Volga (daí seu nome atual, Volgogrado), somada à resistência soviética, fez da batalha uma das maiores não só da Segunda Guerra Mundial, mas da história.
A Wehrmacht (exército do Terceiro Reich) era, durante a Segunda Grande Guerra, o mais poderoso e bem equipado exército do mundo, mesmo entre os países imperialistas. José Stalin, líder à frente da burocracia da União Soviética, havia promovido um duro golpe contra o Exército Vermelho nos anos que antecederam a guerra. Expurgou o exército de seus comandantes e oficiais mais capazes, com a finalidade de se manter no poder e no controle da burocracia.
Então, quando Hitler decidiu desatar a sua ofensiva contra a URSS, o Exército Vermelho sofreu baixas completamente evitáveis, graças à política da burocracia stalinista.
Tal debilidade na liderança também se manifestou durante a Batalha de Stalingrado. Apesar da bravura de milhões de soldados e oficiais do Exército Vermelho, no fim foi a mobilização revolucionária dos trabalhadores e da população de Stalingrado a principal responsável por derrotar o nazismo.
Esta batalha é frequentemente considerada por especialistas militares como um ponto de virada na Segunda Grande Guerra, pois apesar das perdas sofridas pelos soviéticos, os alemães também sofreram uma quantidade de baixas que não haviam sofrido antes. Isto forçou Estado nazista e o comando da Wehrmacht a realocar tropas de países da Europa Ocidental, que estavam ocupados, para frente leste, a fim de barrar o que agora era uma contraofensiva soviética.
Como nesta época a burocracia stalinista estava em uma política de acordo com o imperialismo dito “democrático” isto é, os Estados Unidos e a Inglaterra, o burocrata José Stálin foi eleito “Homem do Ano” da revista Time, do imperialismo norte-americano, no ano de 1943, já uma manobra deliberada do imperialismo prevendo a necessidade de utilizar-se do líder da burocracia soviética para conter a situação revolucionária que estava se desenvolvendo na Europa, em resposta à ocupação nazista.