Há exatos 45 anos, em 1º de fevereiro de 1979, o líder religioso e político aiatolá Ruhollah Khomeini retornou triunfantemente ao Irã após anos de exílio, marcando um momento crucial na Revolução Islâmica que transformou o destino do país.
Após anos de oposição ao regime autocrático do xá Mohammad Reza Pahlavi, Khomeini foi forçado a deixar o Irã e passou a residir no exílio, inicialmente no Iraque e posteriormente na França. Seus discursos inflamados e sua liderança espiritual desempenharam um papel fundamental na mobilização popular contra o xá, culminando na Revolução Islâmica de 1979.
O retorno de Khomeini a Teerã foi um evento carregado de simbolismo e esperança para os milhões de iranianos que ansiavam por mudanças. Milhares de pessoas se reuniram nas ruas, agitando bandeiras, entoando palavras de ordem e expressando sua devoção ao aiatolá. O aeroporto de Mehrabad foi o cenário de uma recepção calorosa e emocionante, com multidões ansiosas para vislumbrar o líder espiritual que simbolizava a promessa de uma nova era.
No discurso proferido na Praça Azadi, Khomeini enfatizou a importância da justiça social, da liberdade e do estabelecimento de um governo islâmico baseado nos princípios do Islã. Suas palavras ressoaram profundamente entre os iranianos, unindo uma nação ansiosa por mudanças significativas.
O retorno de Khomeini não apenas selou o destino do xá Pahlavi, que deixou o país em 16 de janeiro de 1979, mas também estabeleceu as bases para um novo capítulo na história do Irã. Em abril de 1979, um referendo confirmou a transformação do Irã em uma República Islâmica, com Khomeini assumindo o papel de Líder Supremo, uma posição que deteve até sua morte em 1989.