Após a invasão do Iraque pelos EUA em 2003, o presidente Sadam Hussein se tornou um prisioneiro dos norte-americanos. Ele foi julgado a partir do dia 19 de outubro em um tribunal farsesco que determinou a pena de morte.
Até mesmo a Human Rights Watch (HRW) afirmou que o julgamento de Saddam Hussein por crimes contra a humanidade foi comprometido por várias falhas, como interferências políticas e a não divulgação adequada de provas, tornando sua condenação questionável.
A organização, uma das duas únicas permitidas a acompanhar todas as sessões do julgamento, entrevistou juízes e advogados envolvidos e concluiu que o processo foi “fundamentalmente injusto”. A HRW, que é contra a pena de morte, também alertou que a execução de Saddam poderia privar milhares de vítimas de serem ouvidas em tribunal, especialmente em relação a outro julgamento em andamento, referente à campanha Anfal, que envolveu o massacre de centenas de milhares de curdos.
Outra crítica importante do relatório foi a maneira como as provas foram apresentadas durante o julgamento, com a defesa recebendo documentos incriminatórios apenas no dia em que eram utilizados no tribunal, o que caracterizou o processo como uma “emboscada judicial”. Provas cruciais, como gravações de Saddam Hussein em conversas com colegas, não foram devidamente explicadas, dificultando a defesa. A HRW destacou que, embora os fatos sobre a detenção, exílio e execução das vítimas fossem claros, havia pouca evidência que ligasse diretamente Saddam às decisões ou que provasse sua intenção criminosa.
Os norte-americanos queriam se livrar de Sadam e tomar controle total do Iraque. Ele era um entrave para a dominação imperialista desde a década de 1990, com a primeira guerra do Golfo. Sadam Hussein no fim foi assassinado pelo imperialismo. O julgamento foi apenas uma farsa para mascarar a intervenção dos EUA.