Em 17 de outubro de 1973, os países árabes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) impuseram um embargo contra os Estados Unidos e outras nações que apoiaram “Israel”, restringindo a venda de petróleo a esses países. Além disso, os membros da OPEP reduziram a produção de petróleo, elevando o preço do barril no mercado internacional. Em questão de meses, o preço do petróleo subiu quase 400%, causando um impacto econômico gigantesco.
Isso aconteceu na conjuntura da guerra do Iom Quipur, em que Egito, Síria e Iraque estavam prestes a derrotar “Israel”, que havia tomado territórios egípcios e sírios no ano de 1967, além de ter ocupado toda a Palestina. Os EUA entraram com um auxílio militar até então inédito. Os países árabes resolveram reagir.
O embargo gerou uma série de crises econômicas nos países importadores de petróleo. Nos Estados Unidos e na Europa, houve filas enormes nos postos de gasolina, racionamento de combustível e uma inflação crescente. O impacto também foi sentido globalmente, com a desaceleração econômica e recessões em vários países com muita indústria.
O embargo de 1973 marcou o início de uma nova era na política do petróleo. Seria necessário aumentar o controle sobre os países exportadores de petróleo no Oriente Médio, e o imperialismo não tardou em ampliar a sua intervenção.
O embargo acabou com o Acordo de Desengajamento Egito-“Israel” em janeiro de 1974, o que levou ao fim do embargo em março de 1974, apesar de um acordo de paz definitivo não ter sido alcançado. Isso aconteceu com os acordos de Camp David, em 1978, uma grande vitória para o imperialismo que conseguiu neutralizar o Egito, país árabe que havia sido o maior entrave até então.