Em abril de 1941 surgia o Estado Independente da Croácia, um regime fantoche do nazismo e do fascismo italiano em partes da atual Croácia e Bósnia. Parte da direção do Estado fantoche, compartilhado com os nazistas, ficou sob o comando do Movimento Revolucionário Croata – Ustase. Um dos grupos mais violentos da história, cuja ideologia inspirava-se na purificação racial e no extermínio e expulsão de grupos considerados inferiores e dissidentes. Sérvios, ortodoxos, judeus, ciganos e comunistas sofreram nos campos de concentração croatas dirigidos pela Ustase.
Criada em meados de 1930, seu líder Ante Pavelic, ao chegar ao poder, ostentou o título de Poglavnik, um correspondente em croata para Führer em alemão. Um grupo terrorista nacionalista croata, cuja ideologia sofreu profunda influência do nazismo, embora os croatas sejam eslavos, isto é, considerado inferior pelo nazismo, seu principal aliado e mestre. Defendiam, para a independência da Croácia, que pertenciam a então Iugoslávia ou Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos, pregavam o extermínio de pelo menos 1/3 dos servios, conforme defendeu um deputado do grupo: “matar um terço, exilar um terço e converter o outro terço” da população sérvia ao catolicismo.
Para chegar ao poder, os Ustase tiveram de ceder ao Terceiro Reich e à Italia fascista entregando o trono, Estado Independente da Croácia era uma monarquia ao Duque de Espoleto, rei da Croácia.
O número de mortos provocado pela política genocida dos ustases paira dúvidas, o certo é que centenas de milhares de pessoas pereceram nos campos de concentração, como o Jasenovac.
A brutalidade dos Ustase era tanta que aborrecia os seus aliados e mestre do Terceiro Reich, um relatório do Gestapo culpa o aumento de atividades contra o regime a ação do Ustase:
“O aumento da atividade dos bandos deve-se principalmente às atrocidades cometidas pelas unidades Ustase na Croácia contra a população ortodoxa. Os ustases cometeram os seus atos de forma bestial, não só contra homens em idade de recrutamento, mas especialmente contra idosos, mulheres e crianças indefesos. O número de ortodoxos que os croatas massacraram e torturaram sadicamente até a morte é de cerca de trezentos mil. — Relatório da Gestapo ao Reichsführer SS Heinrich Himmler, 17 de fevereiro de 1942”
A Revolução da Iugoslávia, liderada pelo Partido Comunista de Tito, derrotou o regime nazista da Ustase. A Iugoslávia foi um Estado operário por décadas. Com a queda da URSS, o imperialismo usou novamente sua tática de divisão fascista para atacar o povo iugoslavo.