Em 13/03/2002 foi aprovada no conselho de segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) a resolução 1397, que tinha como principal objetivo colocar fim ao levante do povo palestino conhecido como “Segunda Intifada” que teve início no ano 2000.
Aquela foi a primeira vez que a ONU reconheceu o direito dos palestinos a um Estado. Isso porque um dos principais motivos para o levante da segunda intifada foi o não cumprimento do acordo de Oslo que colocou fim à primeira intifada e que previa a construção do Estado Palestino em um prazo de até cinco anos, o que não ocorreu.
Diferente do que ocorreu na Primeira Intifada, em que a maior parte do levante se deu com os palestinos desarmados, diante da ilusão de um tratado de paz, na Segunda Intifada, foguetes e ataques suicidas eram a regra.
Aprovada em sessão dirigida pelo secretário-geral no Conselho de Segurança, o ganês Kofi Annan, a resolução foi rejeitada pelo representante sírio, Mikhaïl Wehbe, o qual afirmou que o seu país considerava “a resolução frouxa, uma vez que não fazia menção à ocupação israelense e colocava o carrasco e suas vítimas em pé de igualdade”.
Os sírios estavam quase certos, mas a realidade era ainda um pouco pior. Kofi Annan não apenas colocava o carrasco e a vítima em um mesmo patamar, mas deixava claro que para ele os palestinos deveriam ser mais repudiados do que o invasor genocida israelense.
Em sessão, o negro a serviço do imperialismo, Kofi Annan, afirmou que os palestinos deveriam imediatamente colocar fim aos atos “moralmente repugnantes”, referindo0se aos atentados com homens bomba e “Israel” deveria colocar fim à ocupação ilegal e ao “uso excessivo de força”.
Algo muito similar acontece hoje quando os órgãos ligados ao imperialismo referem-se à operação militar do Hamas como terrorismo enquanto chamam o bombardeio genocida promovido por “Israel” contra os palestinos de auto-defesa.
A resolução foi aprovada por 14 votos a favor, nenhum contra e apenas uma abstenção, a dos sírios.
Assim como aconteceu com o acordo de Oslo, o compromisso feito com a resolução de um Estado palestino nunca foi cumprido.