Diogo Antônio Feijó, mais conhecido como Padre Feijó, foi uma figura importante na história do Brasil durante o período do Império. Nascido em São Paulo, em 17 de agosto de 1784, Feijó se destacou como sacerdote, educador, jurista e político. Sua vida foi marcada pela defesa da autonomia política e pelo desejo de modernizar o país, além de lutar por uma Igreja mais independente do poder monárquico.
Feijó foi ordenado padre em 1807, mas seu interesse pela política surgiu de forma muito precoce. Ele esteve envolvido no movimento pela Independência do Brasil e, após o processo de separação de Portugal, tornou-se membro ativo da política. Em 1822, foi eleito deputado para a Assembleia Constituinte que tinha a tarefa de elaborar a primeira Constituição do Brasil. Sua atuação foi marcada pela defesa dos direitos democráticos, especialmente a liberdade religiosa e de imprensa, sendo um crítico da concentração de poder nas mãos da Coroa e do clero subordinado ao imperador.
A principal atuação de Feijó na política brasileira veio durante o período da Regência, quando o Brasil vivia uma fase de grande instabilidade após a queda de D Pedro I. Ele foi nomeado Ministro da Justiça em 1831, momento em que implementou uma série de reformas importantes, como a criação da Guarda Nacional e a organização da polícia nas províncias.
Em 1835, Padre Feijó alcançou o cargo de Regente Uno, sendo o primeiro brasileiro a exercer o poder executivo de forma plena durante a Regência. No entanto, ele assumiu no ápice da crise. O ano de 1835 foi quando se iniciaram as grandes revoltas das províncias: Cabanagem (1835–1840), Balaiada (1838–1841), Sabinada (1837–1838), Revolta dos Malês (1835), Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos (1835–1845), dentre outras.
Assim, Feijó não conseguiu se sustentar no governo, ele renunciou ao cargo em 1837. Depois disso, afastou-se da política ativa, voltando-se mais para a vida religiosa e sua atuação como educador. Morreu em 1843, em São Paulo.