Giacomo Barozzi da Vignola, nascido em 1º de outubro de 1507 em Vignola, perto de Modena, na Itália, foi um dos arquitetos mais influentes do século XVI, tendo desempenhado um papel crucial no desenvolvimento da arquitetura maneirista e do barroco. Ele é especialmente conhecido por sua obra-prima “I cinque ordini d’architettura” (As cinco ordens da arquitetura), que se tornou um manual essencial de arquitetura renascentista e barroca, definindo os princípios dos estilos clássicos.
Vignola começou seus estudos em pintura e escultura, mas acabou se destacando como arquiteto. Ele estudou em Bolonha e, mais tarde, em Roma, onde foi fortemente influenciado pela arquitetura clássica e pelos grandes mestres renascentistas, como Bramante e Michelangelo. Durante sua juventude, Vignola também passou algum tempo na França, onde trabalhou para Francisco I no Château de Fontainebleau, absorvendo a sofisticação do renascimento francês.
Entre suas obras mais notáveis está a Villa Farnese em Caprarola, um palácio renascentista construído para a poderosa família Farnese. O projeto combina a grandiosidade de uma fortaleza com a elegância dos palácios da época. Outra obra importante é a Igreja de Il Gesù, em Roma, considerada um marco na transição para o estilo barroco. A planta dessa igreja, com sua nave ampla e capelas laterais, influenciou a arquitetura de muitas igrejas barrocas posteriores.
Vignola é talvez mais conhecido por sua obra teórica, “I cinque ordini d’architettura”, publicada em 1562. O livro sistematizou as cinco ordens arquitetônicas clássicas (dórica, jônica, coríntia, toscana e composta) e foi amplamente utilizado como referência para arquitetos durante os séculos XVI, XVII e XVIII. Sua abordagem didática e prática tornou o livro uma obra padrão nas academias de arquitetura por toda a Europa.
O estilo de Vignola se distingue pela clareza estrutural e pela simplicidade nas proporções, elementos que contrastam com a ornamentação excessiva de outros arquitetos maneiristas. Ele buscou equilibrar a harmonia clássica com a necessidade de monumentalidade, especialmente em suas obras religiosas e palacianas.
Giacomo Barozzi da Vignola faleceu em 7 de julho de 1573, em Roma. Seu legado é amplamente reconhecido como uma ponte entre a arquitetura renascentista e a barroca, influenciando gerações de arquitetos. Seus tratados teóricos continuaram a ser amplamente estudados e aplicados, consolidando-o como um dos principais nomes da arquitetura italiana.