Em 3 de outubro de 1963, o exército hondurenho, liderado pelo coronel Oswaldo López Arellano, depôs o então presidente Ramón Villeda Morales e deu início a uma brutal ditadura militar ao estilo do que existiu no Brasil a partir de 1964.
Nos anos que antecederam o golpe, Honduras passava por uma série de mudanças políticas. Villeda Morales, presidente desde 1957 e estava inserido no contexto dos presidentes nacionalistas daquele momento. Ele promoveu reformas como a implementação de direitos trabalhistas, redistribuição de terras. Isso era inaceitável para o imperialismo.
O golpe foi orquestrado pelo coronel Oswaldo López Arellano, que comandava o exército. O golpe ocorreu pouco antes das eleições presidenciais programadas para 13 de outubro de 1963, nas quais Villeda Morales apoiava Modesto Rodas Alvarado, seu sucessor pelo Partido Liberal. Ele foi desencadeado sob a justificativa de que o governo de Villeda Morales estava permitindo o avanço do comunismo em Honduras,
Após o golpe, López Arellano assumiu o poder e estabeleceu uma ditadura militar que duraria até 1971. Durante o seu governo, ele anulou as reformas de Villeda Morales e governou em nome dos latifundiários aliados dos EUA. O golpe de 1963 consolidou o papel dos militares como uma força política dominante em Honduras, algo que se tornaria recorrente nas décadas seguintes.