A questão da liberdade de expressão e de veiculação da informação está cada vez mais debilitada no mundo. Para o imperialismo mundial, é essencial conter a opinião e a livre veiculação de informações na Internet, como perseguir os que denunciam ou divergem da posição oficial do imperialismo. Nesse sentido, a liberdade de expressão, assim como o direito à privacidade ou ao anonimato estão paulatinamente sendo eliminados das redes sociais.
O X (antigo Twitter), de propriedade do empresário Elon Musk, está trabalhando com uma empresa israelense para verificar assinantes de BlueTick. Conforme o X, o rótulo verificado ajudará a autenticar contas de usuários, evitando a falsificação de identidade. Eles também apregoam outros benefícios para usuários verificados, como verificação de identidade visivelmente rotulada ao clicar em uma marca de seleção azul, bem como suporte priorizado ao usuário.
O processo para verificação requer o envio de foto do documento de identidade junto a uma selfie, os dados são compartilhados com a empresa israelense AU10TIX, que os armazena por 30 dias.
A AU10TIX foi fundada em 2002 por ex-membros da agência de segurança israelense, Shin Bet, e ex-funcionários de segurança da companhia aérea israelense, El Al. O fato é de extrema gravidade, uma vez que dados e identificação dos usuários do X e até mesmo de outras plataformas podem estar sendo utilizados pela inteligência israelense e compartilhados, permitindo a vigilância e repressão contra os usuários. A Agências de Segurança israelense tem profunda experiencia em monitorar e reprimir os palestinos a partir da espionagem via redes sociais.
Menciona-se, para exemplificar, caso na Arábia Saudita, ocorrido em 2014 e 2015, em que criticos da monarquia, que se expressavam nas contas anonimas do X, teriam sido identificados mediante informações provenientes da empresa e presos. Sendo verdadeiro ou não o relato, é absolutamente verossímil que os governo assim utilizem os dados dos usuários para perseguir os críticos do sistema, bem como criar um estímulo à autocensura.
Cabe destacar o papel do sionismo no controle da informação nas redes sociais, isso, aliás, em meio ao genocídio que promovem contra o povo palestino. O sionismo sempre teve papel de destaque no controle da informação mundial, ter conseguido esconder o caráter colonial e racista do Estado de Israel junto à opinião pública mundial se deve a isso.