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Flamengo virou bagunça

Vitor Pereira mostra a farsa do técnico europeu

Em Quito, Equador, o Flamengo, com um dos melhores elencos do mundo, perdeu para o mediano Independiente del Valle por 1 a 0

É nítida a bagunça que virou o Flamengo após a entrada do técnico português Vitor Pereira. O rubro negro disputou o primeiro jogo da Recopa Sul-Americana contra o equatoriano Independiente del Valle nesta terça-feira, 21, no estádio do adversário. Em Quito, o clube carioca perdeu por 1 a 0.

O Flamengo tomou sufoco do clube equatoriano durante todo o primeiro tempo. O Independiente teve posse de bola de 63% na primeira metade da partida e realizou 13 chutes (sendo apenas um em direção ao gol) — contra quatros chutes (três no gol) do Flamengo. A sorte do clube carioca foi a falta de habilidade dos jogadores adversários. O clube equatoriano, assim como o saudita Al Hilal, que eliminou o Flamengo na semifinal do Mundial, é claramente um time mediano. Pelo elenco que tem, um dos melhores do mundo, é inaceitável o sufoco sofrido pelo time brasileiro.

Mesmo com menos posse de bola e um primeiro tempo ruim, o Flamengo teve as duas melhores chances de abrir o placar na primeira metade. Mas quando o conjunto está bagunçado, tudo dá errado. Gabriel Barbosa, o “Gabigol”, perdeu dois gols de forma inacreditável. Após duas geniais jogadas do meia uruguaio Arrascaeta, ficou cara a cara com o goleiro do Independiente e conseguiu chutar em cima do arqueiro adversário nas duas oportunidades.

No segundo tempo, o Flamengo continuou sem grande criatividade. Aos 15 minutos, o goleiro Santos teve de salvar o rubro negro espalmando um lindo chute de falta o camisa 10 do Independiente, Sornoza. Os equatorianos continuavam a jogar no campo dos flamenguistas, que tentavam se defender e reagir no contra-ataque. Logo após a falta de Sornoza, Carabajal quase marcou de cabeça para o Independiente. O técnico português do Flamengo, com suas esquisitices que já viraram tradição, retirou Pedro, o melhor atacante do time, para colocar o volante Erick Pulgar. Enquanto isso, com 20 minutos do segundo tempo, o Flamengo não havia efetuado mais nenhum chute. Aos 24’, a pressão equatoriana deu resultado: gol de cabeça de Carabajal, que subiu sozinho durante jogada de escanteio.

Com quase 30 minutos jogados no segundo tempo, finalmente um chute do time rubro negro! Para piorar, Pereira tirou o principal armador do time, Everton Ribeiro, para colocar o ponta Everton Cebolinha. E tome sufoco! O ponta ainda entrou bem. Faltando alguns minutos para o fim da partida, realizou dois chutes para o gol adversário. No entanto, a atuação do Flamengo continuou sofrível em relação à ofensividade e ao domínio do Independiente. A única realização do clube brasileiro no segundo tempo foi conseguir a expulsão do meia Julio Ortiz, que entrou no segundo tempo no time equatoriano.

Apenas isso. Fim de jogo: Independiente 1 x 0 Flamengo. Os brasileiros ainda têm a chance de se recuperar na partida de volta, no Maracanã. Mas, para isso, terão de superar a bagunça causada pelo treinador.

A diretoria do Flamengo conseguiu destruir o excelente trabalho de Dorival Júnior ao contratar Vitor Pereira. O “moderno” e “avançado” técnico português conseguiu o feito de ter um dos melhores elencos do mundo e desorganizar o time ao ponto dele se tornar essa bagunça. Aliás, com exceção do português Jorge Jesus (2019), esta parece ser a sina do rubro negro com técnicos estrangeiros. Rogério Ceni teve de reestruturar o elenco após a má passagem do espanhol Domènec Torrent em 2020. Em 2022, Dorival retirou o clube do fundo do poço onde havia sido colocado pelo português Paulo Sousa. E, agora, Pereira parece seguir o caminho de seus colegas europeus.

O caso do treinador do Flamengo serve para esclarecer a farsa que é a campanha intensa a favor de técnicos estrangeiros, como se eles fossem o supra sumo em tática futebolística. Essa campanha afetou, inclusive, a Seleção Brasileira, visto que a CBF decidiu colocar um interino neste início de 2023 enquanto busca um estrangeiro para comandar a Canarinho. No entanto, os inúmeros casos no campeonato nacional mostram que, dentre os diversos estrangeiros que vieram ao Brasil, poucos deram certo — justamente o dos times mais ricos do Brasil. Jorge Jesus e Abel Ferreira, no caso, são exceções. Os únicos estrangeiros que fizeram bons trabalhos mesmo sem times grandiosos foram os argentinos Juan Pablo Vojvoda, do Fortaleza, e Jorge Sampaoli, que em 2020 levou o mediano time do Santos à final da Libertadores.

Foram mais de 20 técnicos estrangeiros nos últimos quatro anos, e apenas alguns foram vitoriosos. Ao mesmo tempo, técnicos brasileiros que fazem excelentes trabalhos, como Fernando Diniz no Fluminense (2022) e no São Paulo (2020), Felipe Scolari (Felipão) no Athletico Paranaense (2022) e Cuca no Atlético Mineiro (2021), não são endeusados pela imprensa. Ao contrário, Dorival foi campeão da Libertadores e da Copa do Brasil com o Flamengo no ano passado e foi demitido.

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