Filha do ex-secretário-geral do Partido Comunista Chileno, Luis Corvalán, Viviana Corvalán concedeu uma entrevista à rádio Sputnik, onde comparou a atual perseguição sofrida pelo povo russo à campanha “anticomunista” empreendida pela ditadura de Pinochet. Segundo Corvalán, a campanha verdadeiramente xenofóbica, de cancelamento total da Rússia (incluindo artistas) impulsionada pelo imperialismo é uma “loucura”. (“Filha de líder comunista chileno compara russofobia ao anticomunismo de Pinochet”, 11/9/2023).
A chilena criticou ainda o atual presidente chileno, Gabriel Boric, que segue a política traçada pelas potências imperialistas de banimento do gigante eslavo. “Tenho vergonha do atual governo do Chile, que é um governo onde o Partido Comunista está no conglomerado que o compõe. Tenho vergonha que eles não entendam o que é esta guerra, que não sejam capazes de ver que isso é uma guerra dos EUA, que usam a Ucrânia com um fantoche como Zelensky, claramente contra a Rússia. Não entendo como não entendem isso”, disse, denunciando também que “a informação está claramente distorcida” na imprensa chilena.
Sobre a ditadura comandada pelo general Augusto Pinochet, Viviana declara que após o golpe, houve “uma ruptura na vida. Eles destruíram nossa vida. Totalmente, em todas as áreas. No meu caso, no estudo, na militância e até nas amizades porque naqueles anos de ditadura, quem iria te ver se nós éramos uma família totalmente monitorada? Ou seja, quem se aproximasse acabaria sendo comunista”, diz.