Um dos grandes destaques da III Conferência Nacional dos Comitês de Luta foi a possibilidade de compor novas resoluções para os coletivos de luta do Partido da Causa Operária.
O coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo, coletivo de mulheres do PCO, coordenou a roda de mulheres que se reuniu no domingo e da discussão emergiram muitas propostas que, sem dúvida, farão avançar a luta das mulheres trabalhadoras ao serem postas em prática.
As mulheres presentes na Conferência e que se somaram ao grupo de discussão de mulheres abordaram os problemas típicos das mulheres da classe operária, mas que têm sido colocados à margem da discussão da esquerda dominada pelas pautas identitárias.
Foi debatida a necessidade de creches, a criação de um projeto de cursos de autodefesa, a articulação de uma rede de solidariedade entre as mulheres, a alfabetização de mulheres jovens e adultas, apoio psicológico às mulheres vítimas de violência, dentre outras questões.
Além disso, também tivemos a presença de uma companheira imigrante venezuelana que alertou para o preconceito que sofre por conta dos ataques ao governo venezuelano. A companheira afirmou que apesar da necessidade tê-la feito emigrar para o Brasil, ela tem plena consciência de que toda a dificuldade vêm do bloqueio norte-americano ao seu país, mas que a falta de consciência desse problema faz com que as pessoas, além de atacarem o governo venezuelano, ataquem inclusive imigrantes como ela.
Das resoluções mais importantes tomadas estão a formação de comitês locais de mulheres e a realização de uma conferência nacional das mulheres para aprofundar todas as questões levantadas no encontro. Para isso, foi repassada uma ficha para que todas as mulheres ali presentes colocassem uma forma de contato e dessa forma pudessem organizar junto com o coletivo de mulheres Rosas Luxemburgo, tal conferência nacional.