Na noite de ontem (6), supostos traficantes destruíram um veículo blindado da Polícia Militar na comunidade do Bateau Mouche, na Praça Seca, na Zona Oeste do Rio do Janeiro. Os acusados lançaram granadas e coquetéis-molotovs, detonados sob o veículo, conhecido como Caveirão. O fogo atingiu a parte da mangueira de combustível e se alastrou rapidamente pelo veículo.
Segundo a Polícia, a ação teria sido uma emboscada em represália à morte de Deivid Odilon Carvalho de Oliveira, o DVD do Batô, apontado como um dos chefes do tráfico do local, mas que foi morto em confronto com a Polícia no último domingo (4).
Independentemente de ação ter sido uma represália em resposta à morte de um suposto chefe do tráfico local, o fato é que os moradores das favelas e periferias não aguentam mais a invasão da PM, cujo único objetivo é torturá-los e assassiná-los. Assim, a ação que resultou na destruição do caveirão não deve ser condenada, independente de quem tenham sido os autores. Pelo contrário, as organizações dos trabalhadores devem estar constantemente conscientizando e organizando o povo, para que trave uma luta pela dissolução da PM e sua substituição por milícias operárias, nas cidades, e camponesas, no campo.