Neste domingo (3), às 11h00 da manhã, foi realizado um ato público em defesa da Palestina na Avenida Paulista, na praça Oswaldo Cruz. O PCO iniciou suas atividades duas horas mais cedo, a concentração foi às 9h00 e conteve o maior bloco da manifestação. Além do Partido da Causa Operária, outras organizações marcaram presença: o PSTU, companheiros do PT, da FEPAL e outros defensores da causa palestina como o Coletivo de Negros João Candido e os comitês de luta.
A Loja do PCO marcou presença com inovações, a banca inaugurou novos produtos em defesa da luta contra o sionismo, como os novos bottons do Hamas, Jihad Islâmica, Frente Nacional de Libertação da Palestina e até mesmo do Hesbolá, além de contar com bandeiras do Hamas (Movimento de Resistência Islâmica) e bandeiras da Palestina. Não apenas os novos produtos, mas também a camiseta do Hamas e as camisetas da Palestina ficaram muito populares aos participantes do ato, sobretudo aos companheiros árabes.
A Bateria Zumbi dos Palmares também marcou presença para animar os manifestantes. Dando ritmo ao ato, a bateria da juventude do PCO fez sucesso com suas palavras de ordem, principalmente quando fez alusões aos grupos de resistência armada. Essas foram algumas das palavras de ordem mais populares:
“Em 97 foi o Ira, em 2000 o Hesbolá, em 21 o Talibã, agora é a vez do Hamas”
“Estado de Israel, estado assassino e viva a luta do povo palestino”
“Fora, fora, fora terrorista, Hamas é resistência e Israel é terrorista”
“Ai, ai, ai, ai, ai, tá chegando a hora, o dia já vem, raiando meu bem, sionistas vão embora!”
Faixas contra o genocídio sionista foram a norma, “Fim do genocídio sionista. Fim do estado nazista de Israel. Palestina livre!”, “Sionismo = Nazismo” e outras faixas denunciando as 6.000 mortes de crianças. Bandeiras da Jihad Islâmica, Hamas e Hesbolá também foram hasteadas em defesa da luta dos grupos que estão na linha de frente do conflito.
A companheira Izadora Dias, do Coletivo de Negros do PCO, interveio no carro de som denunciando o cerceamento da liberdade de expressão e o perigo disso para a luta popular:
“Eu gostaria de destacar que o que estamos assistindo acontecer com o povo palestino é o mesmo que aconteceu com os negros na África do Sul com o apartheid e o nível de violência é o mesmo. Coisa que os nazistas fizeram com os judeus.
Eu gostaria de colocar que, aqui no Brasil, estão utilizando a lei contra o nazismo, vejam só, para tentar criminalizar, inclusive os judeus que estão denunciando o que o Estado de Israel está fazendo com os palestinos. Isso alerta para uma questão muito importante que nós do PCO estamos falando há algum tempo: que sem a liberdade de expressão não há luta popular.
Nós, do movimento de esquerda, precisamos lutar pelo direito de falar o que quiser, porque a maquina de mentira sionista tenta inventar as maiores atrocidades contra o povo palestino e quem tenta desmentir é censurado.”
Izadora também prestou seu apoio ao Breno Altman: “Gostaria de me solidarizar com o jornalista Breno Altman, que está sendo perseguido pelos sionistas. A liberdade de expressão tem que ser uma bandeira da esquerda”.
Antonio Carlos, Toninho, dá direção nacional do PCO também fez uma importante intervenção:
“Companheiros, eu queria, em primeiro lugar, parabenizar os companheiros palestinos, árabes, que, mais uma vez, tiveram a importante iniciativa, junto com companheiros da esquerda, com outros grupos.
Queria chamar a atenção de todos os que estão na Paulista: nós vamos vir toda semana! Enquanto não parar o massacre do povo palestino, não vamos parar as manifestações. Nos últimos dias, ficou evidente que a trégua que aconteceu depois de mais de 15 mil mortos foi uma vitória da resistência dos grupos palestinos: do Hamas, da Jiade Islâmica, da Frente Democrática, que estão pegando em armas para defender o povo palestino!
Eles voltaram aos ataques, como disseram os companheiros. Eles destruíram a maioria dos hospitais de Gaza, mataram mais de 6 mil crianças, mataram mulheres, destruíram hospitais-maternidade para impedir não só o presente, como o futuro do povo palestino. Isso não é novidade: há 75 anos, eles vêm expulsando o povo palestino de suas terras. Eles vêm roubando aquele país. A televisão apresenta como se quando foi fundado o Estado de Israel, nada existisse lá. Não é verdade! Lá vivia o povo palestino, em paz, com árabes, com companheiros judeus. O Estado sionista de Israel, uma criação do imperialismo britânico, alemão, nazista, do imperialismo, dos Estados Unidos, vem servindo a causa de perseguição do povo palestino e da defesa dos interesses das companhias de petróleo, da indústria da guerra!
Neste momento, o Hamas e todos os grupos que pegam em armas são a melhor expressão do povo que se levanta! Nesta semana, esse Zelenseky, aquele capachão dos Estados Unidos, da Ucrânia, veio reclamar que depois que o povo palestino se levantou, no dia 7 de outubro, o pessoal esqueceu dele. Então, eu queria comemorar aqui que os palestinos já tiveram uma primeira vitória: os palestinos ajudaram a derrotar o exército nazista da Ucrânia! E por mais que seja o sofrimento de nossos irmãos palestinos, esse sofrimento não é em vão. É um sofrimento que, como em toda luta pela liberdade, de nossos antepassados negros, que foram escravos, de todos aqueles que foram martirizados, ele é a semente da liberdade e da vitória do povo oprimido que virá. Por isso, nós vamos continuar chamar os companheiros de toda a esquerda, do PT, da CUT, a se juntarem a nós. Nós vamos continuar vindo aqui toda semana junto com nossos irmãos árabes, palestinos, e todos os que queiram se juntar a nós nessa luta. E, para encerrar, eu queria chamar o grito de guerra que unifica todos nessa luta: Estado de Israel, Estado assassino! E viva a luta do povo palestino!”