O clube espanhol Valencia publicou uma nota oficial criticando as falas do craque brasileiro Vini Jr. ao tribunal da Espanha. Segundo a diretoria do clube, “os torcedores do Valencia não podem ser classificados como racistas e o Valencia CF exige que Vinicius Jr. retifique publicamente a sua alegada declaração esta manhã”. Ainda de acordo com a diretoria, o craque cometeu uma falsa generalização, negada pelo próprio treinador do Real Madrid – onde atua o atleta brasileiro -, Carlo Ancelotti, que declarou“peço desculpas porque não foram 46.000 que gritaram macaco com ele”.
O caso refere-se ao episódio ocorrido no dia 21 de maio, quando Valencia e Real Madrid se enfrentaram em partida válida pelo Campeonato Espanhol. Aos 24 minutos. Vini Jr. fazia jogada individual pelo canto esquerdo, quando um jogador do Valencia chutou uma segunda bola que estava em campo no lance para atrapalhar o brasileiro. Vini Jr. foi então reclamar com a arbitragem, sendo insultado pela torcida do time da casa posicionada atrás do gol próximo à jogada, que voltou a xingar o atacante com gritos racistas.
Abaixo, reproduzimos a nota oficial do Valencia:
“Face à informação publicada sobre a alegada declaração prestada em tribunal pelo jogador de futebol Vinícius Jr., afirmando que todo o estádio Mestalla lhe lançou insultos racistas no jogo entre Valencia CF e Real Madrid CF na época passada, o Clube deseja manifestar a sua surpresa, rejeição e indignação.
Como o próprio treinador Carlo Ancelotti reconheceu publicamente, em nenhum caso o comportamento pode ser generalizado a todo o estádio do Mestalla.
O Clube tem plena consciência da gravidade deste assunto. O racismo não tem lugar no futebol nem na sociedade, mas não pode ser combatido com falácias ou mentiras infundadas. Esta questão exige o envolvimento de todos e o Valencia CF entende que deve ser escrupulosamente preciso e responsável neste tipo de manifestações.
Os adeptos do Valencia não podem ser classificados como racistas e o Valencia CF exige que Vinicius Jr. retifique publicamente a sua alegada declaração esta manhã.”