Os servidores públicos federais do DF estão intensificando a mobilização por reajuste dos salários e benefícios. No dia 16 de fevereiro haverá uma reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP). O secretário-geral do Sindicato dos Servidores Públicos no DF (Sindsep), Oton Pereira Neves, considerou um avanço a abertura do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com a categoria, mas ressaltou que os servidores cobraram a correção salarial e do reajuste dos benefícios.
“Não vamos esperar de braços de cruzados, pois desde o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff (PT), não tivemos reajustes na contrapartida do governo do Plano de Saúde e no auxílio alimentação”, destacou Oton, ressaltando que são sete anos que as reivindicações dos servidores não são levadas em consideração pelo governo. “Não podemos abrir mão de uma correção salarial este ano”, afirmou.
O presidente do Sindsep disse que o valor pago de R$ 458,00 pelo auxílio alimentação chega a ser três vezes menor do que outras categorias de trabalhadores recebem no Distrito Federal. “Esse valor pago não garante refeições diárias dignas dos servidores em Brasília, pois tudo subiu nesses últimos sete anos”, acrescentou.
Mesa de Negociação
A Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) foi reinaugurada na última terça-feira, (7) pelo governo federal. A mesa é coordenada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e reúne representantes do governo e dos servidores. Oito ministros participaram da inauguração: os ministros Esther Dweck (Gestão), Rui Costa (Casa Civil), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral), Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Luiz Marinho (Trabalho), Carlos Lupi (Previdência Social) e Camilo Santana (Educação).
A MNNP foi criada em 2012, pela presidenta Dilma, com a finalidade de tratar os conflitos nas relações de trabalho no âmbito do poder Executivo Federal. O secretário-geral do Sindsep-DF destacou a importância da reabertura da Mesa e disse que durante os últimos sete anos o governo esteve fechado para discutir com o sindicato e os servidores federais.
